João Gordo, vocalista do Ratos de Porão, está acostumado a expor suas opiniões, que muitas vezes são fortes e sinceras, sobre diferentes assuntos.
Ao participar recentemente do podcast Sistema Solari, comandado por Felipe Solari, o músico foi questionado sobre a relação entre o metal, o punk e a política.
Descrevendo que os metaleiros não são tão politizados assim, Gordo argumenta que os punks deveriam agir de outra forma. Ele declarou:
Muito amigo meu do metal é bolsonarista, mas comigo não troca ideia. Se abrir a boca, vai sair pau e não quero brigar com pessoas que tenho amizade por 30 anos. Conversamos sobre música.
Agora, amigo punk que vira bolsonarista é complicado. O metaleiro não é politizado. É martelo de Thor, bigorna do Rei Arthur e tal. Agora, o punk é politizado. Se o cara é punk a vida inteira e vira fascista, o cara pegou 50 anos de punk, enfiou em um canudo e colocou no cu.
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Não mentiu, né?
João Gordo, Casagrande e Política
Quem também se manifestou sobre o assunto foi o ex-jogador e apresentador Walter Casagrande, que estava participando do papo.
Após a fala de João Gordo, ele apontou que a gestão de Jair Bolsonaro na presidência do Brasil fez com que pessoas racistas e homofóbicas saíssem “do esgoto”. Ele disse:
Muitos caras que conhecíamos e eram de direita não se manifestavam porque não tinha uma liderança. Não tinha um cara que desse aval para eles se sentirem seguros. A partir do ponto que surgiu o Bolsonaro, surgiu um monte de gente racista e homofóbica. Um monte de gente preconceituosa. Eles já eram assim, conviviam com a gente, mas a política brasileira é diferente. Eles não tinham saído do esgoto.
Ainda no podcast, Casagrande explicou por que defende a ideia de que não existem “roqueiros de direita” e João Gordo falou sobre a mudança de comportamento de alguns artistas do Rock. Saiba mais aqui.
