TMDQA! Entrevista: em ascensão no trap nacional, Natu Rap parte para primeira turnê da carreira

Abrindo caminhos no Trap nacional e com agenciamento da empresa de Felipe Neto, o trio Natu Rap conversou com o TMDQA! sobre sua primeira turnê nacional.

Natu Rap
Divulgação

A exemplo de Tasha & Tracie, de Brasília surge outro grupo de rap formado por irmãos: Dave, Jooj e Oli são os irmãos Natu, que têm acumulado milhões de visualizações com seus singles lançados nos últimos dois anos.

Apesar disso, em conversa com o TMDQA!, eles revelam que essa jornada já vem de mais tempo. “Eles começaram juntos há uns 7 anos, e eu entrei depois, faz uns 5 anos” diz Jooj, o mais jovem e primeiro dos três a estourar na internet como criador de conteúdo no TikTok.

Hoje, os três possuem milhões de seguidores em seus perfis pessoais, onde cada um mostra a sua cara. “A gente também quer mostrar a individualidade de cada um”, diz Oli, o irmão do meio.

Fazendo muito sucesso no TikTok e também no Shorts, do YouTube, o grupo aproveita os seus canais para apresentar sua música:

A gente sempre mostra também conteúdos relacionados à nossa música, e um público faz esse intercâmbio e acaba ouvindo a gente. Do mesmo jeito, também tem gente que curte nosso som, quer nos conhecer melhor e acaba consumindo nosso conteúdo nas outras formas. Mas nem sempre isso acontece, tem gente que só se interessa pela música ou que só se interessa pelos vídeo curtos.

Vinda para São Paulo

Hoje morando junto em São Paulo, o trio vivia no Sol Nascente, segunda maior favela da América Latina, localizada perto de Brasília, até 2020.

Josélia, mãe dos três (e de Raquel, a irmã), ofereceu a eles a oportunidade de morar no apartamento dela em São Paulo, por ser melhor para a carreira. E então eles foram.

“São Paulo é uma loucura” disse Oli. “A gente ficou sempre junto, compartilhando tudo, um ajudando o outro. O começo não foi fácil, mas até começar a render [dinheiro das plataformas], o aperto de um era o aperto dos três”, completou Dave, o irmão mais velho.

A situação melhorou também com a presença da Play9, empresa que tem Felipe Neto como sócio, para agenciar a carreira deles como influenciadores. “Eles cuidam muito da parte burocrática, de fechar publi mesmo, coisa que a gente mesmo tinha que fazer, só minha namorada cuidava disso para nós. Agora a gente consegue focar mais no nosso conteúdo”, explica Jooj.

Apesar de ter muito o que produzir, o trio encarou com normalidade o acúmulo da vida de produção de conteúdo e da música. “A gente sempre teve que trabalhar lá [no DF], estudou, nossa vida nunca foi de ter muito tempo pra parar e descansar”, diz Dave.

É correria, a gente foca no que tem que fazer todo dia. Você nunca consegue viver o amanhã nem o ontem, então a gente tem que focar no hoje.

A frase de Oli, para explicar o foco do grupo nas tarefas dia após dia, mostra como o grupo mantém os olhares voltados para diversas missões ao mesmo tempo.

Grandes planos na música

Apesar do contrato com a Play9, o trio segue independente na música. “O pessoal não sabe, mas a gente faz tudo da nossa música aqui [no estúdio, onde foi gravada a entrevista]. A gente recebe um beat do produtor, grava as vozes, mixa, masteriza, tudo feito por nós mesmos”, esclareceu Jooj.

E dessa maneira, com milhões de views, o grupo vai partir para a sua turnê.

Continua após o vídeo

A música, eles dizem, tem intuito de ser diferente. “A gente tenta fazer algo diferente dos outros do trap, inclusive pode ver que alguns caras muito estourados não pegam tantos views como nós”.

Quando perguntamos sobre as músicas mais em inglês, a ambição apareceu:

Nós temos planos gigantes para a nossa música. A nossa próxima meta é internacionalizar a Natu Rap. A gente viu com a Anitta essa possibilidade, e para chegar no público lá não adianta falar outra língua achando que eles vão consumir.

Para ano que vem, no começo do ano, o plano, segundo Jooj, é lançar um álbum, com participações escolhidas com cautela.

Turnê promete muito

O primeiro show da turnê será no Teatro Gazeta, em São Paulo, no próximo sábado (08), e Oli diz que em breve serão divulgados os próximos, com boa antecedência.

“A gente vai mostrar nossos singles lançados e algumas inéditas também”, adiantou. “Também vamos fazer versões acústicas, vamos fazer um show com banda, que no trap não é muito comum”, complementa Jooj. “A gente quer mostrar o nosso som mas também quer fazer valer o show, não dar só o mesmo que eles já ouvem na internet”.

A importância dos shows também se dá pelo sucesso do trio ser recente, tendo surgido na pandemia:

A gente vai ver realmente quem são os nossos fãs, ver os rostos das pessoas que às vezes comentam com foto de anime e tudo mais. Não sabemos de verdade qual é o público que a gente vai ver.

A promessa ainda é de criar uma relação:

A gente promete que todo mundo que tiver no show, se quiser, vai poder tirar uma foto lá com a gente, mesmo que a gente fique a noite inteira lá.

Eles ainda garantem que haverá uma surpresa para quem for nos primeiros shows, que Dave até tentou contar mas foi interrompido pelos irmãos, que lembraram que ainda não é o momento. Agora, só indo lá para saber!