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J Balvin faz público carioca vibrar em primeira passagem pelo Brasil

Em seu primeiro show no Brasil e no Rio de Janeiro, J Balvin fez o público vibrar com hits como "Mi Gente" e "Con Altura". Confira resenha!

J Balvin
Foto: Roberto Filho / Brazil News

Por Nathália Pandeló Corrêa

Fenômeno do reggaeton que leva a Colômbia para todo o mundo, J Balvin veio ao Brasil pela primeira vez para se apresentar com status de superastro da música internacional.

Há anos o artista flerta com o nosso país e com a música brasileira, mas ainda não conhecia de perto o calor do público carioca, tendo estado aqui apenas em uma apresentação de TV e fazendo agenda de imprensa, há cinco anos. No dia 05 de outubro, isso mudou no palco do Vivo Rio, com um show repleto de sucessos e uma plateia que cantou cada um de seus versos.

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A noite teve abertura de Léo Santana, com muita dança desde os primeiros acordes. Desfilou hits e feats, que apareciam no telão, de Ludmilla a Marília Mendonça. O Gigante mostrou que o pagode baiano tem tudo pra esse aquecimento — inclusive semelhanças com o reggaeton e outros ritmos dos nossos vizinhos latinoamericanos.

Certamente não facilitou a meditação de Balvin em seu ritual pré-shows, com muita interação com o público — o carisma é, também, enorme —, até fazendo uma live no Instagram enquanto cantava.

J Balvin no Vivo Rio

Logo em seguida, Balvin subiu ao palco do Vivo Rio para apresentar um setlist extenso com 26 músicas, onde acenou a diversas fases da sua carreira. Começa de cara com “Mi Gente”, seu maior sucesso, como quem diz que tem muito mais a mostrar. E tem mesmo.

Desde o seminal La Familia, que apareceu nas músicas “6AM” e “Ay Vamos”, até o mais recente JOSÉ, os discos guiaram o repertório, intercalado com singles e parcerias de destaque. É o caso de “Con Altura”, sucesso com ROSALÍA, e da recente “Sigue”, feat com Ed Sheeran.

Uma parte inteira do show é dedicada à fase Colores, com um medley de “Blanco”, “Amarillo”, “Azul” e “Morado”, retornando depois com “Rojo”. O mesmo acontece com OASIS, álbum que uniu J Balvin a outro gigante do gênero: Bad Bunny. A voz de Benito ecoa em “Mojaita”, “Qué pretendes” e “Ya le llego”, canções que enaltecem o perreo como estilo de vida, de música e de cultura e exalta a latinidade, com portas abertas no mundo todo.

A apresentação de Balvin é uma grande celebração das múltiplas culturas que foi buscar em Porto Rico e no Panamá e encontrou pelo caminho até a sua Colômbia natal. Sua música saúda os grandes nomes do gênero — Tego Calderón, Daddy Yankee, o duo de produtores Luny Tunes — e acena à geração atual, de Maluma e produtores como Tainy e Sky Rompiendo.

Da mais tradicional salsa de “I Like It” até as quebradas mais intensas com o rap de “Medellín”, o cantor mostra que a música latina é um guarda-chuva amplo de estilos, gêneros, gerações — mas que converge sempre para a festa, tanto que o artista convida fãs ao palco para perrear e bailar.

Sua já tradicional seriedade cai por terra no palco, em especial quando é desarmado pela voz do público. É ao vivo que J Balvin atinge seu elemento mais fundamental. Olha no olho, interage, para a cada música para agradecer o carinho de um público que o esperou por muito tempo. Na plateia, bandeiras de imigrantes latinos balançavam com orgulho. Venezuelanos, bolivianos e mexicanos podiam ser identificados.

A primeira passagem de J Balvin pelo país começa comprovando que a música cantada em espanhol já está mais que integrada ao público brasileiro. Tem mercado, força e ajuda a desfazer fronteiras levantadas há tanto tempo.

Setlist de J Balvin no Rio de Janeiro

  1. Mi gente
  2. Reggaeton
  3. Bonita
  4. ¿Qué más pues?
  5. Sigue
  6. Con altura
  7. Blanco / Amarillo / Azul / Morado
  8. Medusa (interlúdio)
  9. X
  10. Safari
  11. 6 AM
  12. Ay vamos
  13. Bellacón (interlúdio)
  14. Qué calor
  15. Loco contigo
  16. 7 de mayo (interlúdio)
  17. La canción
  18. Rojo
  19. UN DIA (ONE DAY)
  20. Mojaita
  21. Qué pretendes
  22. Yo le llego
  23. No me conoce
  24. Ginza
  25. I Like It
  26. In da Getto
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