O cantor e compositor — e um dos nomes à frente da Laboratório Fantasma — Evandro Fióti está de volta com um novo single: “Vem pra Curar“. A música, que ganhou videoclipe oficial, é uma parceria com a cantora, compositora e multi-instrumentista Marissol Mwaba.
Produzida por Fióti e Mônica Agena, a novidade é um reggae, com sonoridade acústica em tonalidade maior. “Vem pra Curar” chega com o intuito de ser uma música leve capaz de proporcionar bem-estar, acalanto e afeto, destaca o artista.
A inspiração da letra veio da percepção que tive do poder que a música tem na nossa alma. Ao escrever a canção, comecei a ver com muita clareza as angústias que sofri na infância pelas violências e opressões ligadas diretamente a cor da minha pele e como, por meio da arte, eu fui resgatando parte da minha humanidade e resgatando a minha autoestima, mas os traumas ficam, infelizmente. Eu queria retratar o sentimento de gratidão que tenho por ter sido encaminhado pelos meus orixás e pela minha mãe para me reconhecer negro em diáspora e as consequências disso.
Camila Brasiliano e Felipe Borim
Sois é o novo EP do duo Camila Brasiliano e Felipe Borim. O registro chega junto com projeto audiovisual assinado pela artista visual Lola Ramos, que desenhou e concebeu todos os videoclipes — disponíveis no canal da dupla no YouTube.
Com 3 faixas, o trabalho nasceu em parceria com o produtor e multi-instrumentista Antonio Loureiro, que ajudou a trazer uma nova sonoridade para o trabalho da dupla, ganhando formato de banda e abandonando a estética de voz e violão.
Tendo como base a música popular brasileira, mesclando elementos de jazz contemporâneo e rock alternativo, Sois é mais do que um novo EP; o lançamento abre caminho para uma nova fase na trajetória de Camila Brasiliano e Felipe Borim.
MULAMBA
Durante o Setembro Azul, mês da conscientização sobre a visibilidade da comunidade surda, a banda MULAMBA tornou as canções de seu elogiado álbum Será Só Aos Ares ainda mais impactantes ao revelar visualizers com tradução em libras para as faixas.
Trazendo maior acessibilidade às narrativas do grupo, todo o conteúdo foi traduzido e coordenado por Jonatas Rodrigues Medeiros, da Fluindo Libras, uma produtora cultural bilíngue de arte surda e estúdio de tradução audiovisual. Cerca de metade dos intérpretes que aparecem nos vídeos são surdos. Sobre a realização, Cacau de Sá, integrante da MULAMBA, explica:
A importância é a de juntar o máximo possível de almas numa mesma intenção, a intenção de comunicar. A importância de agregar a diversidade é urgente e necessária para que a sociedade ‘normativa’ entenda que no mais somos todes diferentes.
José Miguel Wisnik
“O Jequitibá” é a faixa que abre VÃO, o mais recente álbum de José Miguel Wisnik. A canção conta com letra de Carlos Rennó e traz participação de Ná Ozzetti, com quem o artista paulista dividiu o disco NÁ E ZÉ (2015).
A música celebra “o velho, belo e bom jequitibá do Trianon”, árvore centenária de quando “não havia Masp nem seu vão”. O single ganhou um videoclipe dirigido pelo Coletivo Bijari e composto com quase 700 fotos de Bob Wolfenson, que fotografou a Avenida Paulista e o Trianon especialmente para o projeto.
VÃO conta com 11 faixas — 10 produzidas por Alê Siqueira e 1 por Marcio Arantes. Nenhuma nota é em vão nesse álbum que conversa com nosso tempo e com o lugar onde nos encontramos. Revira e descortina o monstro que estava em nós.