Rita Lee, considerada um verdadeiro ícone da música brasileira, foi enaltecida nesta semana pelo Grammy Latino 2022.
A cantora de 74 anos de idade recebeu na noite da última quinta-feira (17) o “Lifetime Achievement Award”, prêmio que celebra o conjunto de sua obra artística.
Com a conquista, Rita agora soma sete indicações e duas vitórias na premiação que é uma das mais importantes da indústria da música.
A homenagem a Rita motivou a escolha da artista para a nova capa digital da Rolling Stone Brasil, especial que reúne um ensaio recente e exclusivo da cantora, realizado por Guilherme Samora, jornalista, escritor e diretor artístico da mostra sobre os 50 anos de carreira de Rita Lee.
Rita Lee sincerona
Em entrevista à revista, a lendária artista revelou o que realmente pensa sobre o título de “Rainha do Rock” brasileiro.
Ao ser questionada sobre a aura de “santa padroeira da liberdade”, que conquistou após jovens descobrirem na exposição do Museu da Imagem e do Som sobre sua prisão em 1976 e sua história de resistência contra a ditadura, Lee comentou:
Gosto mais de ser chamada de ‘padroeira da liberdade’ do que ‘Rainha do Rock’, que acho um tanto cafona… A expo foi linda, obra de três filhos queridos. Guilherme Samora, meu editor e jornalista, foi o diretor artístico; Chico Spinosa, meu carnavalesco favorito, foi o cenógrafo e Juca, meu filho do meio, foi o curador. Levantaram meu baú de roupas de show, instrumentos e curiosidades minhas.
Havia um espaço para quem quisesse escrever um bilhetinho para mim e até hoje estou lendo, de tantas cartinhas que recebi. Fico impressionada com as crianças, que me tratam como vovó Rita: conhecem músicas minhas, me desenham, mandam cartinhas de amor… e eu fico toda babando.
Com quase 60 anos de carreira, Rita Lee vê suas músicas de sucesso, como “Amor e Sexo”, “Lança Perfume”, “Mania de Você”, “Coisas da Vida” e tantas outras transcedendo gerações e inspirando novos artistas.
Vale lembrar que, neste ano, a cantora venceu uma luta contra um câncer no pulmão, com o qual foi diagnosticada no ano passado. Viva Rita!