Passou tão rápido que nem parece ser verdade, mas a Copa do Mundo já vai começar neste final de semana.
Reunindo 32 seleções do mundo inteiro no Catar, a disputa terá início neste dia 20 de Novembro e, aqui no TMDQA!, já estamos nos preparando para essa temporada que envolve muito futebol e festa.
Para te ajudar a entrar ainda mais no clima, preparamos um especial onde mostraremos músicas de todos os países participantes da competição, tudo em uma parceria com a Amazon Music.
Indo da música instrumental contemporânea ao Hardcore e passando até por sonoridades mais experimentais, você poderá ouvir artistas e bandas de todo o planeta, já que indicaremos um nome de cada país de acordo com os grupos das seleções.
Hoje, te levamos ao Grupo B, que conta com Inglaterra, Irã, Estados Unidos e País de Gales.
Vem com a gente!
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Inglaterra: Los Bitchos
Falar da música inglesa é falar de um dos locais mais prolíficos de todos os tempos. É claro que poderíamos incluir aqui os Beatles ou até mesmo os Rolling Stones, ambos representantes gigantescos da influência duradoura e espetacular que a música inglesa tem sobre virtualmente todos nós.
Na verdade, poderíamos até mesmo trazer alguns exemplos mais recentes como Arctic Monkeys e Muse, esta última bastante associada a eventos esportivos e responsável até mesmo por uma apresentação durante as Olimpíadas de Londres. Aliás, nesse sentido, nomes como o Oasis também trazem forte ligação com o futebol em si.
Mas a música inglesa vai muito além de tudo isso. O país tem uma produção extremamente diversa, e é impossível sequer se lembrar de todos os grandes nomes que vieram de lá — Radiohead, Pink Floyd, Led Zeppelin e The Who são só alguns dos que lembramos mais facilmente, além dos já citados.
Escolher apenas um representante não foi fácil, ainda mais com a ascensão do Rap na região nos últimos anos, mas chegamos à excelente banda Los Bitchos pela inusitada influência de ritmos latinos em meio à pegada inglesa, que gera um som instrumental de primeiríssima qualidade.
Além disso, é um retrato do que hoje é a Inglaterra: um país multicultural e de diversas etnias, assim como a banda formada por apenas uma integrante inglesa ao lado de uma sueca, uma uruguaia e uma australiana.
Abaixo, você pode conferir Let the Festivities Begin!, a ótima estreia das garotas lançada em 2022.
Irã: Sevdaliza
Com bastante tradição na música e sendo reconhecido como influência para a cultura de países como a Turquia, o Irã enfrenta em seu regime a maior resistência à evolução natural de sua produção.
Ainda assim, são vários nomes de resistência no país, até mesmo tentando levar a cultura Hip Hop para lá — algo que, ao trazer influência dos EUA, desafia muitos dos preceitos do país.
O mesmo vale para o Metal, que enfrenta proibições mas, ainda assim, consegue exportar alguns bons nomes. É o caso da Angband, que em 2008 se tornou a primeira banda local a lançar músicas internacionalmente depois de assinar com um selo alemão.
Com tudo isso, não é à toa que a principal representante da música do país seja uma emigrante. Sevdaliza nasceu em Teerã, mas cresceu na Holanda e foi lá que absorveu novas influências para somar com a cultura tradicional de suas origens, criando um estilo único que a torna uma das artistas mais interessantes dos últimos tempos.
Abaixo, destacamos o excelente disco Shabrang, de 2020, que conta majoritariamente com composições em inglês mas também traz a excelente “Gole Bi Goldoon”, onde a artista canta na belíssima língua nativa iraniana, o persa — tudo isso em meio a bases instrumentais que são fundamentadas no som eletrônico e trazem diversas experimentações.
Estados Unidos: Turnstile
Sem dúvidas a escolha mais difícil de toda essa lista é a dos Estados Unidos. Maior exportador de música do planeta, o país norte-americano tem incontáveis opções que poderiam se encaixar por aqui.
Poucas coisas são mais estadunidenses do que Bruce Springsteen, por exemplo, e seus hinos como “Born in the U.S.A.” e tantos outros. O país também tem uma vasta gama de ícones do Rock, incluindo nomes como Aerosmith, Guns N’ Roses, Eagles e tantos outros, isso sem falar na cena Grunge que revelou fenômenos como Nirvana e Pearl Jam.
Por aqui, a gente gosta dos movimentos que unem o underground e o mainstream e toda a cena Pop Punk e Emo se encaixa muito bem nessa definição. Nesse sentido, nomes como Paramore e Fall Out Boy poderiam ser ótimas escolhas, ou mesmo outros que fizeram um sucesso absurdo por aqui como Simple Plan e My Chemical Romance.
No entanto, estamos em 2022 e você está aqui, muito provavelmente, para conhecer bandas e não apenas ser lembrado da existência das que já gosta. Ainda assim, são muitos nomes que poderiam entrar nessa lista: o Meet Me @ The Altar, por exemplo, foi um forte candidato e só ficou atrás de uma das nossas bandas preferidas dos últimos tempos.
Trata-se do Turnstile, que tem sido responsável por quebrar inúmeras barreiras e levar o som do Hardcore, antes tão preso ao underground, para grandes casas de show e até festivais como o Lollapalooza Brasil, que os recebeu em 2022.
Tudo isso é resultado do excelente disco GLOW ON (2021), uma evolução natural da sonoridade que começou a ser trabalhada por eles em projetos anteriores e atingiu um nível realmente impressionante e, até o momento, sem igual ao absorver elementos do Shoegaze e do Dream Pop.
País de Gales: The Joy Formidable
Para fechar a lista de hoje, temos mais um lugar bastante rico musicalmente. O País de Gales é aquele tipo de local do qual você nem imagina que alguns de seus artistas favoritos podem ter vindo — caso de artistas gigantescos como Bonnie Tyler e Pino Palladino, um dos baixistas mais prolíficos da história que já trabalhou com John Mayer, Nine Inch Nails e muito mais.
Não à toa, uma cena bem única se criou por lá e chegou a furar bolhas. Alguns dos principais nomes até chegaram ao Brasil, como é o caso do Manic Street Preachers e, acima de tudo, do Stereophonics; em outros países, entretanto, vários outros também fizeram muito sucesso, como o Super Furry Animals e o Budgie, que tem música presente em repertórios de ninguém menos que o Metallica.
Nos tempos mais modernos, até o Metal tem um grande representante por lá com o Bullet for My Valentine (mais um que talvez você nem conhecesse as origens), mas o nosso destaque por aqui fica para o The Joy Formidable.
A banda ganhou destaque com a presença do single “Endtapes” na trilha sonora do filme Amanhecer – Parte 1, da saga Crepúsculo, mas tem uma discografia recheada de bons momentos onde navega por sonoridades como o Indie Pop e o Dream Pop com maestria, sempre com um toque de estilos diferentes como Post-Rock (“Whirring”, de The Big Roar) e até Stoner (“Liana”, do disco Hitch).
Nossa seleção é o excelente álbum The Big Roar, de 2011, mas o trio segue super ativo e lançou em 2021 o disco Into the Blue. Vale a pena mergulhar nesse catálogo!