Neil Young grava disco digitalmente e compara processo com "mundo sombrio em que nada é real"

Neil Young normalmente trabalha com gravações em fita mas, para seu novo disco, escolheu o processo digital de Rick Rubin e teve muito a dizer.

Rick Rubin Neil Young
Reprodução/YouTube

Em entrevista ao apresentador Zane Lowe para a Apple Music, o músico Neil Young e o produtor Rick Rubin deram detalhes sobre a gravação do álbum World Record, lançado por Neil com a banda Crazy Horse na última semana.

O sucessor de Barn (2021) é o décimo quinto disco do lendário compositor canadense ao lado da também renomada banda de Country Rock americana.

Publicidade
Publicidade

Segundo Young, o álbum teve uma abordagem “híbrida” em que foi gravado em fita e imediatamente convertido para o digital. A original foi guardada, enquanto a cópia foi usada para a mixagem.

O cantor definiu a gravação digital como “o passo obscuro para onde nada é real”, mas disse que a técnica facilitou muito todo o processo (assista à entrevista mais abaixo):

Nós fizemos esse disco digitalmente. A gente voltava para o analógico quando precisava adicionar um som acústico, um eco ou qualquer efeito da mesa de som, tudo isso passava pelo analógico. Mas os timbres originais foram convertidos para o digital, e nós trabalhamos com eles, misturando com tons analógicos.

Rick Rubin explica vantagens de gravação digital

O renomado produtor Rick Rubin (Beastie Boys, Johnny Cash, Red Hot Chili Peppers) também destacou as vantagens de se trabalhar com gravações digitais.

Segundo ele, dessa forma há muito mais controle sobre o processo de edição, sem que haja perda de qualidade do material:

Tem muita coisa que você pode fazer com o digital que é realmente conveniente, e que você não pode fazer com o analógico. Na verdade, você até pode, mas precisaria fazer cópias analógicas, e elas vão perdendo qualidade. Se você pode ir para o meio digital imediatamente e com a maior qualidade possível, trabalhar nesse ambiente não é prejudicial para o som.

Vale lembrar que, no início deste ano, depois de remover suas músicas do Spotify acusando a plataforma de desinformação, Neil Young teve um aumento de 40% na reprodução de suas músicas em outros serviços de streaming.

Confira abaixo o papo completo de Zane Lowe com Neil Young e Rick Rubin para o Apple Music.

LEIA TAMBÉM: Neil Young bate o pé e se recusa a fazer shows por causa da pandemia: “não é seguro”

Sair da versão mobile