Ontem, 28 de Novembro, foi dia de testar o coração de quem assistiu ao jogo da seleção brasileira na torcida pelo nosso país. Com uma vitória sofrida diante da Suíça, a boa notícia é que o Brasil já está classificado para as oitavas-de-final independentemente do resultado de seu próximo jogo.
Por aqui, temos outra notícia excelente pra quem curte música e Copa do Mundo: o especial do TMDQA! selecionando grandes bandas de cada um dos países participantes também vai continuar e agora chegou a vez do Grupo F, que tem Bélgica, Canadá, Marrocos e Croácia.
Esse grupo, aliás, tem sido um dos mais interessantes dessa Copa. Isso porque os grandes favoritos, Bélgica e Croácia, não tiveram atuações espetaculares mesmo enfrentando seleções teoricamente mais fracas e é bem possível que um dos dois fique fora da próxima fase e ceda uma vaga a Marrocos, uma das gratas surpresas deste ano.
Felizmente, no mundo da música não há competição e quem ganha é o ouvinte, que pode mergulhar em um universo diverso de gêneros musicais super diferentes graças a essa grande parceria do TMDQA! com a Amazon Music.
Antes disso, no entanto, não deixe de conferir as listas dos Grupos A a E clicando nos links abaixo caso ainda não tenha feito isso:
Agora sim, vem com a gente pra lista do Grupo F!
Três meses de Amazon Music Unlimited grátis
Garanta três meses de assinatura da Amazon Music Unlimited, com direito a áudio em alta qualidade, clicando aqui.
Bélgica: Stromae
Apesar de não ter lá uma tradição enorme na música mainstream, a Bélgica tem alguns talentos interessantes que foram surgindo ao longo dos anos.
Nomes como Plastic Bertrand e principalmente Lasgo conseguiram furar a bolha local, assim como fez (muito antes) o lendário Django Reinhardt, que nem sempre é associado ao país mas nasceu por lá.
O nosso destaque aqui vai para um artista que tem um caminho parecido: Stromae. Nascido na parte holandesa da Bélgica com o nome Paul Van Haver, ele acabou se tornando um dos maiores ícones da música mundial a não cantar em inglês, graças em grande parte ao mega sucesso de “Alors on danse”, parte de seu disco de estreia Cheese (2010).
Pois é: talvez essa canção desbloqueie uma memória por aí, visto que esteve por vários anos entre as mais tocadas aqui no Brasil. Mas a realidade é que a carreira de Stromae vai muito além, fazendo com que ele seja um dos artistas mais interessantes dessa era moderna.
Ele mostrou isso com tudo em Racine carrée, um discasso lançado em 2013 que mistura ritmos envolventes com uma forte veia Pop, mas depois disso se desiludiu com a indústria e quis ficar distante dos holofotes por um bom período, trabalhando em outras iniciativas na moda e até mesmo na música, mas ligado a outros artistas.
Felizmente, isso mudou em 2022 com o lançamento do excelente Multitude, um dos melhores discos do ano graças a canções como “Santé” e “Fils de joie”.
Canadá: Luna Li
Se a seleção canadense tem em Alphonso Davies seu principal jogador de forma quase óbvia, escolher alguém para representar o país musicalmente é algo quase tão impossível quanto em outros falantes da língua inglesa, como Inglaterra e Estados Unidos.
São inúmeros nomes excelentes em praticamente todos os gêneros possíveis, e é fato que alguns poderiam ser até tratados como unanimidade por aqui — Alanis Morissette, por exemplo, ou mesmo o lendário Rush, pioneiro do Rock Progressivo e influente para toda uma geração de bandas.
Aliás, falando em influência, duas das figuras mais influentes dos anos 70 vieram do Canadá: Neil Young e Joni Mitchell, que se tornaram verdadeiros símbolos não apenas musicais mas de toda uma cultura mundial que tinha a música como base. Inclusive, quem também saiu de lá e fez isso vários anos depois de uma forma bem diferente foi Avril Lavigne.
Falando nela, é impossível não lembrar também do Nickelback, que segue firme e forte em suas convicções roqueiríssimas. E no Pop? Bom, temos nomes que vão desde simplesmente Justin Bieber até Michael Bublé, passando ainda por Shania Twain e The Weeknd.
Mergulhando em nomes um pouco menos conhecidos, bandas como Metric e Broken Social Scene entraram com força na cena alternativa, além do influente Death From Above 1979 e do Billy Talent, isso sem falar em uma excelente cena mais pesada composta por nomes como Alexisonfire e Spiritbox que seguem bem fortes em 2022.
Dito tudo isso e encerrando as menções honrosas antes de citar centenas de bandas, a nossa escolha para essa seleção é uma revelação. Luna Li tem origens canadenses e coreanas e, apesar de ter começado sua carreira em 2017, viralizou pra valer em 2021 com o EP jams.
Agora, ela mostrou que veio pra ficar ao lançar o disco Duality em 2022, que inclui sucessos como “Silver Into Rain”, parceria com beabadoobee, onde explora sonoridades nostálgicas como o Folk Pop dos anos 60 e até antigas trilhas sonoras de cinema sob uma nova e moderna roupagem, que se associa ao Bedroom Pop e Dream Pop.
Marrocos: Bab L’Bluz
Assim como a seleção marroquina, a banda escolhida para representar Marrocos por aqui pode te surpreender bastante. É possível que você esperasse algum artista com uma veia super tradicional, e não estaria totalmente errado — mas o Bab L’Bluz vai bem além disso.
Apesar da cena local ter pouca força, a banda formada por Yousra Mansour e Brice Bottin em 2018 saiu de Marrakesh para o mundo graças ao disco Nayda!, lançado em 2020.
Antes disso, entretanto, precisou de uma parada importante na França, mais especificamente em Lyon, onde conseguiu não apenas uma ponte para os lançamentos de suas músicas mas também os dois integrantes que completam a formação, Jérôme Bartolomé e Hafid Zouaoui.
A grande sacada da banda é unir elementos bastante tradicionais da música marroquina, em especial o gimbri (uma espécie de baixo marroquino) e a flauta, a influências do Rock mais tradicional, incluindo o Blues. Além disso, uma pitada de Afrobeat e de ritmos africanos de forma geral deixa tudo ainda mais sensacional.
O resultado é bastante único e a música “El Gamra” mostra isso muito bem, soando como algo que veio direto do underground roqueiro — com sujeira, distorção e agressividade — enquanto aproveita os elementos marroquinos, incluindo o dialeto em que Mansour canta, para atingir uma sonoridade realmente nova.
Vale muito a pena conferir e, por aqui, já estamos ansiosos por mais músicas!
Croácia: 2CELLOS
Fechamos a lista da vez com a Croácia e, para falar de forma bastante honesta, toda a tradição que o país tem nos esportes, com bons times em diversas modalidades como futebol, basquete e vôlei, vai embora quando se trata de música.
São pouquíssimos artistas croatas que conseguiram furar a bolha do país para atingir um sucesso global. Talvez o único nome moderno que realmente conseguiu atingir algo que vai além do país e seus arredores o fez de um jeito inusitado.
Estamos falando do 2CELLOS, que viralizou antes mesmo do termo viralizar ser algo tão utilizado assim, lá em 2011. O duo formado por Luka Šulić e Stjepan Hauser inovou ao usar suas habilidades em música clássica, mais especificamente no violoncelo (daí o nome da dupla), para fazer covers de sucessos internacionais.
O primeiro a hitar foi justamente “Smooth Criminal”, de Michael Jackson, lá em 2011. Mas desde então os caras construíram uma carreira sólida e já foram até atração de abertura do lendário Elton John, o que definitivamente faz valer o lugar nessa seleção.
Para conhecer a obra dos caras, que já lançaram vários discos e versões, a melhor opção é realmente mergulhar em uma playlist. Aliás, dá até pra deixar tocando como música ambiente em diversas ocasiões, como naquela reunião de fim de ano da família!
A melhor notícia é que essa playlist já está prontinha no Amazon Music e se chama Best of 2CELLOS, como você confere logo abaixo. Inclusive, em uma parceria exclusiva do TMDQA!, você pode garantir três meses grátis de Amazon Music Unlimited clicando aqui para ouvir essa playlist e tantas outras, sempre em alta qualidade.