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Inacreditável: Kanye West pede que judeus “perdoem Hitler” em nova entrevista

Com apoio da extrema-direita, Kanye West fala absurdos sobre o Holocausto e faz comparações patéticas com câmeras de gás e mortes na Segunda Guerra.

Kanye West
Reprodução/YouTube

Kanye West voltou a fazer pesadas declarações antissemitas que causam um verdadeiro incomodo.

O rapper conversou recentemente com o comentarista de extrema-direita Gavin McInnes, criador da plataforma “Censored.TV” e dos Proud Boys, um movimento neofascista e de supremacia branca que foi inclusive categorizado como uma organização terrorista na Nova Zelândia.

O papo rolou no primeiro episódio de uma série chamada Saving Ye (que em tradução livre significa “Salvando Ye”), e a Rolling Stone relata que West aparece ao lado do supremacista branco Nick Fuentes fazendo uma série de declarações ofensivas destinadas principalmente ao povo judeu.

Como aponta McInnes, a entrevista ocorreu dois dias depois que West conversou com o teórico da conspiração de extrema-direita Alex Jones e fez elogios a Adolf Hitler, argumentando que ele “não matou seis milhões de judeus” durante o Holocausto.

McInnes chamou aquela entrevista de “a coisa mais louca e punk-rock desde que os Sex Pistols foram expulsos do programa de Bill Grundy” e disse na prévia do episódio que seu objetivo com a série era “evitar que [West] se tornasse um antissemita ou um nazista”.

Declarações polêmicas de Kanye West

Na entrevista, Gavin questionou se Kanye West vê a reação negativa a seus comentários como prejudicial para sua campanha presidencial em andamento. O rapper respondeu:

Acho incrível para uma campanha presidencial – ter alguém que é honesto, que entende o estado do mundo e que está pronto para ouvir o que o povo americano precisa.

McInnes então apontou que Hitler tem “uma reputação muito ruim”, ao que West teria rebatido, dizendo que essa reputação “foi feita pelos judeus”.

Em seguida ele deu a entender que a tal reputação não foi criada porque Hitler autorizou o assassinato em massa de judeus durante a Segunda Guerra Mundial, argumentando que “algumas das [informações sobre a Alemanha nazista são] incorretas” e que “o Holocausto não é o único Holocausto ”.

Tornando tudo ainda mais bizarro, Ye descreveu o aborto como “um Holocausto com o qual estamos lidando hoje em dia”, antes de reafirmar sua afirmação de que o povo judeu “controla a narrativa”.

Como a Rolling Stone observou, em um determinado momento da entrevista, West declara que “há um conluio de advogados e gerentes judeus e tudo mais que você possa imaginar” que “fornecem pornografia à América”.

De forma completamente bizarra, ele fez comparação com os horrores enfrentados pelas comunidades judaicas na Segunda Guerra Mundial, chamando a pornografia de “câmara de gás” e “um assassino silencioso” usado para “nos emburrecer”.

West também supostamente alegou que sua ex-esposa, Kim Kardashian, está sendo usada para “vender” pornografia – que ele disse “destruir” sua família – e rotulou as mulheres que produzem pornografia como “produtos da pedofilia”.

Mais tarde, McInnes perguntou a West o que ele responderia caso fosse presidente e fosse questionado sobre o que ele “faria com esses judeus”. O rapper declarou:

Os judeus deveriam trabalhar para os cristãos. Eu contrataria um judeu em um segundo se soubesse que ele não era um espião e pudesse olhar através de seu telefone e seguir sua casa e ter uma câmera em sua sala de estar.

O rapper ainda indicou que caso seja eleito presidente em 2024, “as regras do país serão baseadas na Bíblia” e fez um pedido inacreditável aos judeus:

Os judeus não podem me dizer quem eu posso amar e quem não posso amar. Você não pode impor sua dor a todos os outros. Povo judeu, perdoe Hitler hoje.

O programa completo que acompanha Kanye West só pode ser acessado por meio de assinatura paga, e as transcrições foram publicadas pela NME.

Pouco depois de sua entrevista com Jones na semana passada, Kanye West foi novamente banido do Twitter após postar uma ilustração de uma suástica dentro de uma estrela de David como logotipo da sua patética campanha à presidência dos EUA em 2024.

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