Podcast: como o Lo-fi pode te ajudar contra insônia e ansiedade em tempos de isolamento

Foi durante a pandemia, com os níveis de estresse e ansiedade subindo em todo o mundo, que muita gente descobriu as playlists e compilações de Lo-fi, seja no YouTube ou em serviços de streaming.

Esse gênero, que mistura Hip-hop e Jazz com batidas suaves, música ambiente e sons da natureza, surgiu na década de 90. Desde então, tem comprovado bons efeitos para ajudar a dormir ou concentrar em estudos e trabalhos.

Mas você sabia que o segundo maior selo de Lo-fi do mundo é brasileiro? Em apenas um ano, o Sleep Tales passou de um projeto pessoal de um compositor de trilha sonoras para uma das maiores curadorias de produtores de Lo-fi do planeta.

O Podcast Tenho Mais Discos Que Amigos! entrevistou o fundador do selo, Daniel Sander (colours in the dark), que explicou como o Sleep Tales seleciona músicos de várias partes do mundo.

Segundo ele, o termo Lo-fi significa “baixa fidelidade” em inglês exatamente por ser feito em casa, sem necessidade de um grande orçamento ou equipamentos ultra modernos:

Low-fidelity não é baixa qualidade, e sim baixa fidelidade, porque tem ruídos. A gente coloca propositalmente barulho de vinil, de chuva… É uma baixa fidelidade com os altos padrões de gravação que existem atualmente. A gente não vai gravar lo-fi em Abbey Road, por exemplo. Se faz lo-fi em casa, o que não significa que seja ruim. Quanto mais popularizado e mais fácil acesso a gente tiver a home studios e vídeos tutoriais de produção, melhores serão as músicas caseiras.

Lo-fi abre espaço para grandes instrumentistas

E se engana quem pensa que o Lo-fi é feito apenas de batidas eletrônicas. O guitarrista Ricardo Schneider, por exemplo, lançou alguns projetos com o Sleep Tales desde 2021.