Em entrevista para o Wall Street Journal, Bob Dylan falou sobre o tipo de música que ouve hoje em dia e revelou ter feito “esforços especiais” para assistir a shows de artistas como Jack White e Alex Turner.
No caso deste último, não está claro se o veterano cantor se referiu a um show do Arctic Monkeys, mas Dylan também citou outras bandas como Oasis e Metallica (via WSJ):
Artistas e compositores me recomendam coisas. Outros eu simplesmente acordo e eles estão lá. Alguns eu vi ao vivo. Os irmãos do Oasis [Liam e Noel Gallagher], eu gosto dos dois, Julian Casablanca [sic], os Klaxons, Grace Potter. Eu vi o Metallica duas vezes. Fiz esforços especiais para ver Jack White e Alex Turner. Zac Deputy, descobri recentemente. Ele é um show de um homem só como Ed Sheeran, mas ele se senta quando toca. Sou fã de Royal Blood, Celeste, Rag and Bone Man, Wu-Tang, Eminem, Nick Cave, Leonard Cohen, qualquer pessoa com um sentimento por palavras e linguagem, qualquer pessoa cuja visão seja paralela à minha.
Na conversa, Bob contou que costuma descobrir novas músicas intuitivamente e citou até descobertas de artistas já falecidos como Frank Sinatra e Ella Fitzgerald:
Principalmente por acaso [Dylan descobre]. Se eu for procurar algo, geralmente não encontro. Na verdade, nunca encontro. Eu entro nas coisas intuitivamente quando provavelmente não estou procurando por nada. Tiny Hill, Teddy Edwards, gente assim. Artistas obscuros, canções obscuras. Há uma música de Jimmy Webb que Frank Sinatra gravou chamada ‘Whatever Happened to Christmas’, acho que ele gravou nos anos 1960, mas acabei de descobrir. ‘A-Tiskit, A-Tasket’, de Ella Fitzgerald. Janis Martin, a Elvis feminina. Você a ouviu? Joe Turner está sempre me surpreendendo com pequenas nuances e coisas. Eu ouço muito Brenda Lee. Não importa quantas vezes eu a ouça, é como se eu tivesse acabado de descobri-la. Ela é uma alma tão velha. Ultimamente, descobri um guitarrista fantástico, Teddy Bunn. Eu o ouvi em um disco de Meade Lux Lewis – Sid Catlett.
Que requinte…
Bob Dylan e o consumo de música
Ainda em entrevista ao WSJ, Dylan comentou sobre seu consumo de música na era digital e disse ter um carinho especial pelo som do vinil:
Eu ouço CDs, rádio via satélite e streaming. Eu amo o som do vinil antigo, especialmente em um toca-discos valvulado de antigamente. Comprei três desses em uma loja de antiguidades em Oregon há cerca de 30 anos. Eles são pequenos, mas a qualidade do timbre é tão poderosa e milagrosa, tem tanta profundidade, que sempre me leva de volta aos dias em que a vida era diferente e imprevisível. Você não tinha ideia do que estava por vir, e isso não importava. As leis do tempo não se aplicam a você.
A gente concorda!
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