Juiz multa produtora em R$25 milhões por "trailer enganoso"; entenda

Dois fãs de Ana de Armas venceram processo de 5 milhões de dólares após propaganda enganosa em trailer de cinema. Entenda!

Trailer, cinema
Foto stock via Shutterstock

Quem assistiu ao filme Yesterday (2019), que imagina um mundo em que os Beatles nunca existiram, não viu a atriz Ana de Armas no elenco. Mas quem assistiu ao trailer do filme, sim.

A artista, famosa por Sem Tempo para Morrer, Blade Runner e outros, fez uma participação na comédia de Richard Curtis que apareceu no resumo, mas não entrou no corte final do longa.

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Acontece que dois fãs desavisados de Ana de Armas alugaram Yesterday no Amazon Prime por 8 dólares (cerca de 40 reais) para vê-la, e ficaram tão decepcionados que deciriram processar a Universal Pictures.

Em uma ação coletiva movida no início deste ano, os homens alegaram propaganda enganosa, dizendo que “como consumidores, não receberam nenhum benefício pela compra”.

Juiz diz que trailer deve ser “prévia fiel”

A Universal Pictures alegou à Justiça que os trailers de filmes são protegidos pela liberdade de expressão, Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos.

Mas o juiz distrital Stephen Wilson decidiu recentemente que os trailers são produtos comerciais, e por isso estão sujeitos às leis sobre publicidade honesta:

Basicamente, um trailer é um anúncio criado para vender um filme, e deve fornecer aos consumidores uma prévia fiel do filme.

O valor do processo foi estimado em 5 milhões de dólares de indenização para os fãs desapontados de Ana de Armas, mas a Universal Pictures ainda pode recorrer.

Imagina se essa moda pega? Você pode conferir aqui a resenha do TMDQA! para o filme Yesterday.

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