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"Sou japonesa": Gwen Stefani é novamente acusada de apropriação cultural

Demonstrando extrema afinidade com o Japão desde os anos 2000, Gwen Stefani foi criticada por apropriação cultural devido a uma declaração recente. Entenda.

Gwen Stefani

Desde os anos 2000, Gwen Stefani demonstra extrema afinidade com o Japão.

Isso começou quando ela lançou seu álbum solo de estreia Love. Angel. Music. Baby (2004) e incorporou elementos da cultura oriental, inclusive promovendo o perfume Harajuku Lovers, que, claro, remete ao nome de uma das músicas do disco, “Harajuku Girls”.

Durante recente entrevista à Allure (via CNN) para divulgar sua marca de cosméticos GXVE, a ex-vocalista do No Doubt descreveu sua relação com o Japão e foi criticada pela internet.

Isso porque Gwen relembrou as viagens regulares de negócios de seu pai ao país asiático e explicou que ele sempre voltava com histórias que lhe pareciam “fascinantes”.

Ao falar especificamente sobre quando visitou pela primeira vez a área de Harajuku, em Tóquio, a artista, que costumava aparecer regularmente nos tapetes vermelhos com uma comitiva de quatro dançarinas de apoio japonesas, comentou sobre a sua identificação com o local:

Meu Deus, sou japonesa e não sabia disso.

O comentário foi o suficiente para reacender a polêmica que gira em torno da cantora ítalo-americana há tantos anos. No Twitter – como você pode conferir ao final da matéria – muitos internautas condenaram a declaração de Gwen.

Pegou mal, hein?!

Gwen Stefani e apropriação cultural

A repórter Jesa Marie Calaor, uma filipina-americana, insistiu no tema e perguntou se a cantora se arrependeu por mergulhar na cultura de outro país:

Se (as pessoas) vão me criticar por ser fã de algo bonito e compartilhar isso, acho que não parece certo. Acho que foi um belo momento de criatividade… um momento de pingue-pongue entre a cultura de Harajuku e a cultura americana. Se não comprássemos, vendêssemos e trocássemos nossas culturas, não teríamos tanta beleza, sabe?

Os representantes de Stefani não responderam imediatamente ao pedido da CNN para comentar o artigo ou a repercussão negativa nas redes sociais.

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