E se, entre tantos anúncios e falsas promessas, chegasse em sua caixa de e-mail uma proposta com a receita infalível para construir um futuro bom? É com essa situação que Marina Melo se diverte em seu novo single: “Perdida no Spam“.
Durante a canção, a artista paulistana brinca com a quantidade de e-mails que tem em sua caixa de entrada. “Os 5 passos para virar milionária”; “o chá pra esquecer 2020”; “como ser alguém no Tiktok”… são alguns dos assuntos retratados na letra, que representa bem a enxurrada de informações a que somos submetidos.
A novidade — já disponível nas plataformas de streaming — conta com participação da cantora Bruna Lucchesi e tem produção assinada por Naná Rizinni. “Perdida no Spam” chega para integrar o EP Live do Fim do Mundo, um lançamento do selo dobra discos.
Com temas apocalípticos e tecnológicos, Marina Melo consolida sua linguagem e encerra uma trilogia de EPs iniciada em 2020. No novo trabalho, ela aborda as lives do período de isolamento social, na faixa título, e a vontade de dar um “Control Z” (comando de desfazer) em todo o retrocesso da sociedade, ao lado de Julia Branco.
André Medeiros Lanches
O músico e produtor mineiro André Medeiros — que já passou por aqui com sua carreira solo — está estreando um novo projeto: o quarteto André Medeiros Lanches. Formado no ano passado, em Juiz de Fora, o grupo acaba de lançar o seu primeiro single.
“Você pediu opinião, eu não quis ofender”, canta André nos versos iniciais de “Chofer”. O que se segue contrapõe trabalho e afeto, desfaz expectativas exageradas e propõe trégua. Tudo isso num indie pop orgânico, dançável e, sobretudo, aberto à interpretação.
Guitarra, baixo, synth, bateria e percussão criam uma trama simples e fechada para a música. O coro feminino reforça o tom cíclico. A faixa tem produção dos próprios integrantes da Lanches: Stéphanie Fernandes (baixo/voz), Amélia do Carmo (synth/voz/ percussão), Victor Fonseca (bateria) e, claro, André Medeiros (voz/guitarra).
“Chofer” é a primeira amostra do álbum de estreia da banda/coletivo, que já está em fase de gravação. A mixagem do single ficou por conta do vocalista e a masterização é de Lauiz (Pelados). A capa é uma pintura de Amélia — uma centopeia que nos encara como quem diz: “Tá vendo, né? Não é fácil”.
Mateus Fazeno Rock
Mateus Fazeno Rock é um dos destaques da novíssima música cearense. Representante do rock de favela, o artista busca contrapor às formas hegemônicas de criar música unindo influências do grunge, punk, funk brasileiro, rap, reggae, dub e R&B.
Aquecendo o público para a chegada de seu próximo álbum, Jesus Ñ Voltará, o músico divulga o segundo single do trabalho: “Melô de Aparecida“. Cria das favelas e periferias de Fortaleza, Mateus expõe recortes de sua história em uma faixa que tem como tema central o fim da inocência:
‘Melô de Aparecida’ é uma música que costura memórias da minha infância e vida na Sapiranga, bairro da periferia de Fortaleza, e histórias de pessoas da minha convivência. A faixa fala sobre as relações da infância com alguns cotidianos violentos, a construção da noção do que é ser um menino na favela. Mas não é storyline linear, é um emaranhado com essas histórias.
Com previsão de lançamento para o dia 03 de Março, o novo álbum de Mateus Fazeno Rock sucede o debut Rolê Nas Ruínas (2020), que já soma mais de 600 mil plays apenas no Spotify e cuja turnê o levou a várias partes do Brasil, dividindo palcos com grandes nomes como Jup do Bairro, Don L, Jonathan Ferr, Fernando Catatau, Juçara Marçal e Brisa Flow.