Música

Andre Matos está "no mesmo patamar" de Freddie Mercury, diz Rafael Bittencourt (Angra)

Rafael Bittencourt, do Angra, recebeu em seu programa no YouTube o guitarrista Hugo Mariutti, do Shaman, e os dois relembraram momentos com Andre Matos.

Andre Matos
Foto por Luciana Pires

Em seu programa no YouTube, Rafael Bittencourt, vocalista e guitarrista do Angra, recebeu recentemente o guitarrista Hugo Mariutti, do extinto Shaman.

No episódio disponibilizado recentemente com quase quatro horas de duração, os dois relembraram momentos ao lado do saudoso Andre Matos, parceiro de Rafael e Hugo em diferentes projetos.

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Ao falar do músico que faleceu em Junho de 2019, Mariutti destacou a versatilidade de Andre (via Whiplash):

O Andre Matos era muito especial. Ele ouvia muita música clássica. Quando gravei o solo da ‘Fairy Tale’, ele pediu para eu mudar a última nota para fechar melhor. Ele disse que eu estava tocando uma nona. Eu falei: ‘Ah, é?’ [risos].

Quando comecei a compor com o Andre Matos, comecei a pensar de um jeito diferente. Comecei a ver como ele fazia as coisas e aprendi muito. Eu conhecia vocês na época do Angra, via os ensaios e tal. Depois, veio o lance do Shaman e quando fomos gravar o disco, dividi o quarto com o Andre. Passamos uns 60 dias e aprendi muito.

É difícil escolher a que mais me orgulho, mas a ‘Born To Be’ eu levei a estrutura e ele estava tocando no piano. Ele cantou um negócio em cima e ficou muito bom.

Era um talento mesmo, né? No Amplifica, Hugo divulgou a balada “Blur”, cujo clipe você pode assistir ao final da matéria.

Rafael Bittencourt compara Andre Matos a Freddie Mercury

Bittencourt seguiu pelo mesmo caminho e até mesmo comparou Andre com Freddie Mercury, o icônico vocalista do Queen:

Ele era muito rigoroso com as regras de como compor música. Ele era bem mais erudito e prestava atenção nessa coisa da linguagem. Quando penso nisso, sempre me lembro de um vídeo do Frank Zappa que uma pessoa pergunta sobre a concepção dele na guitarra e ele diz que não toca como a maioria.

Para mim, foi um privilégio na minha vida ter encontrado o Andre Matos. Primeiro, porque talvez eu nem estivesse aqui. Ele já tinha dois discos com o Viper, conhecia o pessoal da gravadora no Japão. Eu cortei caminho graças ao Andre. Comecei com 19 anos inexperiente já com um sistema. Segundo, agradeço o privilégio de ter trabalhado com um dos maiores músicos que já existiu.

Coloco ele no mesmo patamar do que o Freddie Mercury. Claro que o Freddie é mais conhecido, mas em termos de capacidade e talento eles são iguais. Eu tenho uma memória especial que é a ‘Never Understand’. Lembro do momento do aprendizado, tinha o baião com heavy metal.

Confira a entrevista na íntegra a seguir!

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