2 Make U Cry & Dance é o mais novo álbum da banda curitibana Electric Mob. Lançado pela gravadora italiana Frontiers Music, o disco chegou com a árdua tarefa de suceder o empolgante Discharge (2020), responsável por dar um destaque interessante ao grupo entre os nomes do Hard Rock globais.
Ao que parece, o peso e a responsabilidade de corresponder às expectativas — do público, da gravadora e deles mesmos —, não afetou nem um pouco o quarteto. Gravado no Nico’s Studio (Curitiba), com produção de Amadeus De Marchi, 2 Make U Cry & Dance é mais do que uma evolução natural de seu antecessor, é um salto adiante.
No novo disco, a Electric Mob consegue manter a vibração já conhecida, ao mesmo tempo em que adiciona novos elementos à sua sonoridade, a tornando ainda mais atual. As 11 faixas que formam o repertório de 2 Make U Cry & Dance apresentam um constante equilíbrio entre passagens mais cadenciadas e momentos em que a energia sonora explode.
Você confere todo esse jogo de luz e sombra no player abaixo.
GG’s No Wall Noise Band
GG’s No Wall Noise Band surgiu da necessidade de colocar as pessoas pra dançar. Formado por GG Di Martino e Raphael Carapia, o projeto nasceu após uma conversa da dupla sobre um som que tocava em suas cabeças: uma mistura de Rolling Stones, acid house e techno, ou o “Rolling Stones da rave“, como simplifica GG.
Um dia conversando com o DJ Magal, lembramos que o pai da disco music e consequentemente do house é guitarrista: Nile Rodgers. Sendo assim, o som que tocava na nossa cabeça realmente era possível tocando o que a gente mais pira na vida: guitarra.
O duo estreou com o single “Dangerous & Pleasurable“. A faixa foi feita em uma única madrugada, sem pretensão e misturando todas as referências que saltavam à mente. A produção, gravação e mixagem são assinadas por Léo Stroka e rolaram no estúdio Caixa Sterica.
Tio Guéder
Em seu novo EP, Tio Guéder reflete sobre o modelo comportamental da sociedade desenhado pelas redes sociais. Intitulado Novo Mundo, o novo trabalho do power trio mineiro chega através do selo Sarcastic Records. Sobre o conceito do registro, o vocalista e guitarrista Rodrigo Lara comenta:
[O ep ‘Novo Mundo’] alertar para o fato de que a perfeição é uma invenção e a positividade pode ser tóxica (‘Todo Mundo’); que a desinformação nos dividirá, favorecendo seus difusores (‘Nova Política’); que a hiperexposição esconde perigos (‘Stalker’); que os excessos trarão consequências (‘Dois Conhaques’); e que a vida pode ser boa com desejos relativamente simples (‘Quero’).
Além de Rodrigo Lara, a Tio Guéder conta com Jiva Oliveira (baixo) e Talmo Rosa (bateria). A banda foi formada em 2017, na cidade de Passos, interior de Minas Gerais, e mistura influências que vão de Barão Vermelho a Foo Fighters. Ouça o novo EP no player abaixo.
Rota 54
Rota 54 celebra os seus 15 anos de estrada com o lançamento do EP Bomayê. O trabalho, que carrega questionamentos políticos e sociais, contou com produção de Wagner Bernardes e chega pelo selos Rota Recs e RedStar Recordings.
A reflexão proposta pela banda paulistana já parte do título “Bomayê”, termo que aparece no single “Ali” e que no dialeto africano lingalês significa “Acabe com”. Segundo o vocalista Caio Uehbe, a mensagem que o Rota 54 quer passar é: “Bomayê (acabe com) o racismo, a homofobia, o machismo, a intolerância religiosa, o genocídio do povo negro e indígena”.
Usar um termo africano tem muito significado, pois é necessário superar essa visão eurocêntrica, judaico-cristã, heteronormativa e masculina. É necessário descolonizarmos nosso olhar e nos africanizarmos em busca da nossa verdadeira essência e de uma nova forma de encarar as relações sociais e do ser humano com a natureza.