Fernanda Lira, baixista e vocalista da banda Crypta, compartilhou um forte relato resumindo a tragédia que ocorreu na última sexta-feira (31) quando seu grupo se apresentou na cidade de Belvidere, Illinois.
Como falamos anteriormente, a casa de shows Apollo Theater, onde a Crypta tocou na última sexta, foi atingida por um tornado pouco depois da banda ter deixado o palco. A apresentação fez parte da turnê que o grupo está realizando pelos Estados Unidos ao lado de outras bandas como Skeletal Remains, Revocation e Morbid Angel.
O fotógrafo Estevam Romera, que está acompanhando as brasileiras e auxiliando na venda de merch durante os shows, compartilhou alguns registros do ocorrido que não apenas causou estragos materiais como infelizmente levou a vida de uma pessoa e deixou outras 40 feridas.
Através de sua conta do Instagram, Fernanda compartilhou tópicos tentando responder algumas dúvidas que seus fãs estavam questionando sobre a tragédia. Após afirmar que “ia fazer um vídeo contando sobre tudo, mas ainda não tô 100% bem”, a cantora apontou:
- Resumo do que rolou: tornado atingiu a casa de show que tocamos 3 dias atrás. O teto caiu, feriu gravemente 40 pessoas, e matou uma. Parte do telhado caiu no nosso motorhome e perdemos ele. Todas as bandas da turnê estavam no porão, ou no ônibus de turnê, então não há feridos.
- Sim, recebemos alerta de tornado, porém em cima da hora e não horas antes como costuma ser — foram menos de 15 min entre o alerta chegar e o tornado passar. Foi inesperado até para os locais.
- Todas as bandas recuperaram seus equipamentos de dentro do prédio no dia seguinte. Conseguimos arrombar nosso RV [motorhome] e pegar 95% das coisas pessoais.
- Dormimos em hotel nos últimos dois dias, dependemos de carona e das outras bandas, que se revezaram em levar nossas coisas.
- Hoje pegamos nosso RV novo, porém estamos com um enorme problema financeiro em relação a isso, que mais tarde comunicaremos. Precisaremos de um apoio imenso de vocês.
Integrante da Crypta atualiza fãs sobre tornado nos EUA
Em seu relato, a baixista da Crypta deixou claro que a tragédia causou um impacto mental bastante forte, mas, por mais difícil que seja tocar nesse estado, sua banda e os outros grupos vão continuar com a turnê para a viagem não acabar em um “desastre financeiro”.
Fernanda ainda fez um apelo pedindo para que seus fãs continuem ajudando as pessoas que estavam no local. Ela pontuou:
- – Ainda tô com o psicológico abalado — não caiu a ficha ainda, tive um breakdown ontem de manhã pelo acúmulo de nervoso, mas num geral tô bem melhor do que achei, já que tenho ansiedade. Porém, notei que tô muito sensível com barulhos altos, sirenes, vento forte na rua — meu corpo trava e se arrepia. Num geral tá todo mundo abalado — alguns mais (como os meninos que acharam o corpo do falecido), outras menos, mas todos abalados.
- — A turnê continua, por mais difícil que isso seja pro psicológico de todos, mas seria um desastre financeiro e um trauma ainda maior para todas as bandas se a turnê acabasse ali.
- Fizemos o primeiro show apenas 2 dias depois da tragédia. Eu não sabia se ia ter psicológico, mas tudo correu bem, inclusive com os equipamentos das bandas. Ainda faltam 17 shows até o fim da tour.
- — Agora que passou o susto, meu corpo sentiu, estou um pouco doente. Além do stress e pouco sono, passamos muito frio no dia da tragédia e no dia seguinte recuperando as coisas — esse combo fez baixar minha resistência/imunidade.
- — Por favor ajudem os fãs afetados, todo dia posto nos stories links de fundraiser.
Acompanhando seu depoimento, Lira compartilhou um vídeo com dolorosos registros do local na noite do tornado e também imagens de como a casa de show e suas proximidades ficaram no dia seguinte.
Você pode conferir o vídeo e relato de Fernanda Lira na publicação abaixo.
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