Devastada é o mais novo EP da rapper Lurdez da Luz! Já disponível em todas as plataformas de streaming, via selo YB Music, o registro conta com 4 faixas — todas escritas pela artista e produzidas ao lado do núcleo de produção Quebrante.
Ao longo da novidade, Lurdez da Luz faz uma reflexão sobre o que é ser uma mulher latino-americana na atualidade e traz como tema principal a recuperação pós tempos difíceis. “São músicas com roteiros docu-ficcionais”, diz a compositora.
O Hip Hop é o fio condutor na estética musical dos beats, escolha de timbres e samples. Dentro disso, outras influências são agregadas, como na faixa-título, “Devastada“, que traz um beat eletrônico em ritmo de forró em homenagem às raízes nordestinas.
A música popular brasileira é fundamental pra mim. É da onde nasceram dessa vez minhas ideias melódicas. A música do Brasil das décadas anteriores, dos ícones aos vinis raros, mas também a que eu escuto sem escolher, a que está nos bares, mercados, carros, rádios… Essa atual que entra sem você escolher, seja pelos seus vizinhos, que você decora um refrãozinho, que você faz uma dancinha lavando louça. A gente é atravessado por tudo que é som e eu gosto dessa conexão com o todo.
Mas as inspirações para este trabalho transcendem a música. Lurdez da Luz cita artistas como a portuguesa Grada Kilomba, que traz em suas obras a ideia da decolonialidade; a performer, escultora e pintora cubana Ana Mendieta, que aborda a conexão do feminino com a natureza; e o cartunista Gilbert Hernandez, que apresenta tramas com personagens ficcionais em uma cidade pequena inventada em algum ponto da Latinoamérica.
Você confere o resultado no player abaixo!
Kurt Sutil
Falando dos eventos que aconteceram na sua vida nos últimos meses, Kurt Sutil lança o álbum Me Pergunta Como Foi Meu Dia. O terceiro disco de sua carreira traz a verdadeira essência de seus sentimentos, com um tom mais intimista e uma vivência com mudanças repentinas, destaca o artista.
O álbum em alguns momentos vai se contradizer. Assim como a vida vive tendo seus altos e baixos, ele vai vir na mesma pegada. Estou colocando minha vida nesse trabalho, então não poderia ser diferente.
Me Pergunta Como Foi Meu Dia conta com 11 faixas — incluindo os singles “Capciosa”, “Entidades” e “Flow de Quem?” — e chega recheado de colaborações, tanto com artistas de seu grupo, o Aposse92, quanto com produtores de peso assinando os beats.
O conceito intimista do registro se estende para o audiovisual. Todos os clipes e visualizers do álbum falam sobre a vida do rapper e retratam bem os sentimentos passados em cada faixa, onde as letras complementam as obras visuais e vice-versa. A gravação do audiovisual foi totalmente arquitetada e planejada por Kurt Sutil, Patricia Patrocinio e Weslen Simplicio.
Ouça abaixo o novo álbum de Kurt Sutil.
Yago Oproprio
Quem escuta a música de Yago Oproprio se impressiona com o resultado sonoro de suas muitas influências. Com seu vocal por vezes mais firme outras mais emocional, o artista nos convida a escutarmos com atenção suas histórias e reflexões.
Muito crítico com à sua própria produção, Yago trabalhou por um ano e meio no seu primeiro EP, O Inquilino. O registro, agora apresentado ao mundo, é um refúgio para o compositor e também para o ouvinte, a ideia é “que ele possa mergulhar em outros mundo enquanto vive sua vida“, reflete Yago.
Fiz questão que o EP tivesse um conceito bem definido e a ideia é essa mesma, contida na faixa-título, é um convite para a pessoa chegar; abro minha casa para o ouvinte, o que é sempre um exercício de troca, eu abro espaço para o ouvinte e ele também para me escutar. Para mim fazer música é algo muito doloroso, tenho muita dificuldade ao mesmo tempo em que percebo ser a única forma de me expressar, são impulsos, desabafos que surgem e a partir deles vou lapidando.
As outras quatro faixas do EP trazem reflexões e histórias de Yago Oproprio ou pessoas ao seu redor, como lapsos de memória, relacionamentos afetivos e situações tóxicas da vida em geral. A produção é assinada por Patricio Sid, do Projeto Nômade, que também mixou e masterizou as faixas.
Yago Oproprio carrega em seu DNA as influências musicais periféricas que se somam com sonoridades latinas, imprimindo ritmo e singularidade às suas criações. Em O Inquilino, o músico trilha os caminhos do diálogo com as pessoas e as cidades, salta da quebrada para o mundo, sem abandonar a raiz.