Mike Shinoda diz que gravação do primeiro disco do Linkin Park foi caótica: "época agressiva e machista"

Divulgando edição de 20 anos de Meteora, o Linkin Park falou sobre o disco que veio antes, Hybrid Theory, e como ele transformou a banda e a cena do Rock.

Mike Shinoda, do Linkin Park

Celebrando 20 anos do lendário álbum Meteora (2003), o Linkin Park tem refletido sobre o início de carreira e o “boom” do Nu Metal no início dos anos 2000. Agora, a banda revelou bastidores desagradáveis sobre seu primeiro álbum Hybrid Theory (2000).

Em entrevista à NME, Mike Shinoda analisou as transformações que a banda viveu em três anos entre o disco de estreia e seu sucessor.

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Segundo ele, a gravadora esperava uma imagem “agressiva e machista” por parte do grupo, já que esse tipo de comportamento estava em alta no Rock:

Estar no estúdio trabalhando no Hybrid Theory foi difícil, porque a gravadora não confiava em nós ainda. Eles ficavam questionando tudo, e isso resultou em uma experiência muito caótica e negativa. Nós simplesmente não nos identificamos com aquela coisa agressiva e machista que estava rolando naquela época.

Quando estávamos em turnê com o Hybrid Theory, tocamos em festivais com bandas que batiam o microfone na cabeça para sangrarem no palco. As pessoas ficavam tentando provar que eram mais loucas do que você. Rapidamente percebemos que não era pra nós.

Linkin Park e Hybrid Theory

O processo de gravação de Meteora foi mais tranquilo para Mike Shinoda e Chester Bennington, e isso transparece no sucesso comercial do disco com hits como “Somewhere I Belong”, “Faint” e “Numb”.

Tanto é que o álbum rendeu excelentes músicas que não entraram na tracklist final e foram lançadas só agora em 2023, como “Lost” e “Fighting Myself”.

Para Shinoda, o Linkin Park aprendeu a olhar para dentro desse álbum em diante, em vez de buscar “emular” o que outras bandas estavam fazendo:

Por isso, quando fizemos Meteora e todos os álbuns que se seguiram, tivemos períodos reais de introspecção, experimentação e buscas dentro da nossa alma. Não estávamos apenas nos perguntando quem éramos como pessoas, mas também qual manifesto criativo queríamos fazer.

Recentemente, Mike Shinoda ainda revelou qual é o seu disco favorito do Linkin Park, e você pode descobrir qual foi o escolhido nesta matéria.

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