Estreia nos cinemas dos EUA nesta sexta-feira, dia 21 de abril, o filme Chevalier, que resgata a incrível trajetória de um dos maiores músicos de todos os tempos: o violinista francês Joseph Bologne.
Também conhecido como Chevalier de Saint-Georges, título de mérito que herdou de seu pai, o artista viveu entre 1745 e 1799 e ganhou fama por quebrar barreiras. Ele era negro e se destacou em várias áreas quando ainda era muito jovem.
Além de tocar violino, Bologne se formou em matemática, literatura e ainda praticou hipismo e esgrima, esporte pelo qual foi campeão invicto. Nos séculos seguintes, o músico ficou conhecido pejorativamente como “Mozart negro”, e sua obra sofreu apagamento histórico.
Mas o filme, dirigido por Stephen Williams (Watchmen), escrito por Stefani Robinson (Atlanta), e estrelado por Kelvin Harrison Jr. (As Ondas) quer mostrar que, na verdade, Joseph Bologne pode até mesmo ter influenciado Wolfgang Amadeus Mozart.
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Chevalier e Maria Antonieta
Como compositor, Chevalier de Saint-Georges escreveu quartetos de cordas pioneiros da Música Barroca. Ele foi solista e diretor de orquestra em diversos teatros e salões nobres da França.
Mas, quando foi indicado para dirigir a Ópera de Paris, instituição cultural mais importante do país naquela época, Bologne teve seu nome barrado por Maria Antonieta, última Rainha da França antes da revolução.
A monarca, que foi aluna de violino de Chevalier quando era criança, atendeu a um petição dos músicos da companhia, que “se recusavam a se submeter às ordens de um mulato” (via The Guardian).
Decepcionado, Joseph Bologne se tornou soldado e liderou o primeiro regimento totalmente negro da França, que lutou na Revolução Francesa com mil homens. O músico morreu aos 53 anos sem deixar herdeiros.
É uma história que precisa ser contada! Assista acima ao trailer do filme Chevalier, com Kelvin Harrison Jr.
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