Música

3 Lançamentos para ficar de olho: Francisco, el Hombre, Edgar e Cícero

Separamos três novidades do cenário nacional para você conhecer e acompanhar. Francisco, el Hombre, Edgar e Cícero são os nomes da vez!

Francisco, El Hombre
Foto por Fabien Espinasse

A Francisco, el Hombre está comemorando uma década de banda e, para fazer isso em grande estilo, o grupo formado por LAZÚLI, Mateo Piracés-Ugarte, Sebastianismos, Andrei Kozyreff e Helena Papini lançará o disco 10 AÑOS.

O trabalho, previsto para o primeiro semestre de 2023, trará releituras de alguns dos maiores sucessos dessa trajetória. Três faixas já foram reveladas: “Triste, Louca ou Má”, “Batida do Amor” e, a mais recente delas, “O Tempo É Sua Morada“.

Publicidade
Publicidade

Com uma sonoridade festiva, baseada no que o quinteto apresenta no bloco de carnaval Calor da Rua, a nova versão de “O Tempo É Sua Morada” chega 5 anos após o primeiro lançamento da canção que fala sobre a morte, um assunto cercado por diversos tabus para grande parte da população.

Para a banda, ela tem um outro peso. Com raízes mexicanas, eles acreditam que, apesar de sofrer com a dor da perda, é preciso celebrar a vida da pessoa que partiu, como destaca Sebastianismos:

Em clima de celebração, decidimos criar um arranjo que segue esse caminho de ressignificação do luto. No final, lágrimas e suor se misturam e podemos cantar juntos à felicidade das memórias de nossos entes queridos que não estão mais aqui.

A novidade inicia com a contemplação da mensagem e, aos poucos, ganha cores e alegrias de uma folia. Enquanto a versão original criou um paralelo com a festividade de Dia de Los Muertos, esta apresenta o Carnaval como referência. Por mais que pareçam completamente diferentes, a banda enxerga semelhanças entre as datas. LAZÚLI explica:

São festas que acontecem apesar dos pesares — e celebram a vida, a alegria, a presença e a memória. Sinto que essa nova sonoridade amplifica a energia de celebração.

Ouça abaixo!

Edgar

Foto: Divulgação / Caroline Bittencourt

Em maio de 2021, o multi-artista Edgar lançou seu mais recente álbum, o excelente Ultraleve (Deck). Quase dois anos após o lançamento, o rapper resgata o trabalho revelando o videoclipe para a faixa “Sem Medo“.

Assim como o clipe de “Fake News” — presente no EP Ultravioleta (2022) —, a nova produção audiovisual de Edgar foi realizada através da técnica de inteligência artificial, como conta o músico:

Desde que conheci o Eduardo Mauss, que trabalha com NFT e escultura digital, venho pesquisando inteligência artificial. Tive a ideia de colocar as palavras da música e chamei o Andre Cebola, que já tinha dirigido o outro clipe, para dirigir.

Cebola explica que foi “usando trechos da letra da música como input em um sistema de inteligência para gerar essas sequências de imagens, que depois foram distorcidas analogicamente e digitalmente”. Através da arte generativa e synth de vídeo analógico, ele, em parceria com Elbi, criou as intervenções “humanas” no trabalho da IA.

Confira o resultado no player abaixo.

Cícero

Foto por Chico Canella

Desde sua estreia com o álbum Canções de Apartamento (2011), Cícero vem criando sua própria linguagem dentro da MPB e do rock alternativo. Agora o cantor, compositor e produtor carioca reinventa os limites de sua musicalidade com o single “Longe“.

A faixa, que já vinha sendo apresentada durante a longa turnê nacional do artista no ano passado, chega em sua versão de estúdio e acompanhada por um videoclipe. “Longe” cria uma ponte entre os novos ecos do forró e do piseiro com um clima praieiro e surf rock, reflete Cícero:

Fiz essa música depois de ouvir muito João Gomes. Fiquei encantado com a voz, melodia e poesia dele. Perdi a conta de quantas vezes ouvi ‘Eu tenho a Senha’. Sem dúvida foi uma grande influência junto com o surf, que comecei a praticar durante a pandemia, e ia ouvindo ‘Pet Sounds’, dos Beach Boys, no carro. Foi isso, uma fusão de Beach Boys com João Gomes.

A mensagem de Cícero de busca por amor como solução para uma sociedade melhor, da poesia como caminho para a saúde mental e do diálogo interno como modo de evolução continua forte e ressoando no público. Suas letras, que carregam forte subjetividade poética ao mesmo tempo que são politicamente incisivas, vêm marcando a vida e o corpo de uma geração de jovens.

Assista abaixo ao clipe de “Longe”.

Sair da versão mobile