Música

David Ellefson, expulso do Megadeth, diz por que acha Dave Mustaine "patético"

David Ellefson, ex-baixista do Megadeth, atacou Dave Mustaine em entrevista para o canal no YouTube "Heavy Talk" por reclamações sobre o Metallica.

David Ellefson
Crédito: reprodução

A gente já te contou aqui sobre as desavenças de Dave Mustaine com o Metallica, e David Ellefson, ex-baixista do Megadeth, atacou seu ex-colega de banda em entrevista para o canal brasileiro no YouTube Heavy Talk.

No papo disponibilizado nesta segunda-feira (8), Ellefson trouxe à tona a rivalidade de décadas que Mustaine mantem com seus ex-companheiros no Metallica. No início dos anos 1980, vale lembrar, Dave foi expulso da banda devido a seus problemas com abuso de substâncias na época e nunca pareceu ter superado completamente a saída.

Sobre a conturbada relação de Mustaine com o Metallica, Ellefson, demitido do Megadeth em 2021 após um escândalo sexual, disse (via PRP):

Olha, não tenho escolha a não ser perdoar para poder seguir em frente. Eu realmente não [tenho]. Então, eu não sei mais o que dizer sobre isso além do que venho dizendo. Olha, em algum momento… O estrago estava feito. Então, você segue em frente. Somos todos humanos, e é o que é. Você não pode lamentar isso. Eu observei como ele [Mustaine] tratou sua demissão do Metallica, ainda reclamando sobre isso 40 anos depois, e acho que parece patético para caralho. E é tipo, ‘Sabe de uma coisa? Conserte sua merda e siga em frente’. E foi assim que escolhi lidar com isso: conserte sua merda e siga em frente. E é por isso que lancei quatro discos na época em que o último disco do Megadeth foi lançado, e acho que cada um deles é tão bom ou melhor que o último disco do Megadeth. Acho que a qualidade… E parte disso é porque estou trabalhando com ótimas pessoas. Se eles são famosos ou não, não importa. Estou trabalhando com pessoas boas. Eles são seguros, são confiáveis, são realmente homens íntegros e acho que isso realmente faz uma grande diferença.

Ex-baixista do Megadeth formou banda com vocalista brasileiro

Em Julho de 2022, David anunciou uma nova banda chamada Dieth, que se encaixa no subgênero Death Metal e conta com o vocalista brasileiro Guilherme Miranda (ex-guitarrista e vocalista do Entombed A.D.).

A formação do projeto é completada por Michał Łysejko, ex-Decapitated, e Ellefson só tem elogios para seus novos companheiros:

Eu me sinto seguro perto deles. E o processo criativo é divertido. Não é restritivo. É ilimitado. E assim aconteceu essa explosão criativa. E, novamente, ouça, não estou tentando estar em 85 bandas – acredite em mim, não estou. Mas é interessante que houve esse tipo de temporada pós-Megadeth aqui, onde todos esses discos foram lançados. E ao invés de tentar limitá-los e restringi-los, eu fico tipo, ‘Foda-se. Vamos lançá-los. Vamos nessa’. De várias maneiras, acabou tudo bem. Tem sido bom. E eu estou bem. As pessoas perguntam, e eu fico tipo, ‘Estou bem’. Foi um final meio estranho.

Confira o vídeo na íntegra ao final da matéria.

David Ellefson comentou demissão do Megadeth por escândalo sexual

Na conversa, Ellefson mais uma vez falou sobre sua polêmica demissão em 2021 depois que vídeos íntimos dele envolvendo menores de idade vazaram na internet.

Recebi uma ligação: ‘Você está demitido.’ [Risos] E eu disse: ‘Que porra é essa, cara?’ Eu disse: ‘Algumas pessoas de merda acabaram de jogar uma bomba na minha casa. E é isso? Nem é verdade. É balela. E é assim que você me trata?’. Não era negociável. Quer dizer, eu perguntei. Eu disse: ‘Eu vou cuidar disso. Deixe-me lidar com isso. E isso vai ser feito, porra. Estaremos prontos para a estrada em dois meses e tudo ficará bem’. E foi assim. Porque eram apenas falsas alegações e besteiras. Mas [Dave] não queria saber sobre isso. Acho que ele estava sendo pressionado por outras pessoas ao seu redor. E é uma pena que tenha sido assim, porque realmente não era nada. Eu cuidei disso. E então, quando saiu a notícia de que eu havia sido demitido, isso se transformou nessa grande merda, que, honestamente, foi muito prejudicial, muito dolorosa e injusta. Estou feliz por não ter essa porra de reparação no meu ombro, porque isso foi uma merda.

Vale lembrar que Ellefson negou publicamente as acusações na época, mas as autoridades revelaram que o músico de 58 anos mantinha um relacionamento sexual online com uma fã de 19. Como a idade de consentimento foi cumprida de acordo com as leis locais, nenhuma acusação foi feita.

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