Marilyn Manson não teve sucesso com a ação que abriu contra a atriz Evan Rachel Wood no ano passado. Nesta terça-feira (9), uma juíza da Califórnia rejeitou as principais seções do processo movido pelo cantor.
Como falamos anteriormente aqui, o roqueiro havia acusado Wood de “difamação, danos morais e falsidade ideológica”, apontando que a atriz teria se passado por uma agente do FBI para que a mídia acreditasse que existia uma investigação federal contra ele.
No documento, o músico ainda citou uma amiga de Evan, Illma Gore, e alegou que elas fizeram com que ele fosse percebido pelo público “como um estuprador e abusador — uma falsidade maliciosa que degringolou a carreira bem-sucedida de [Manson] na música, TV e cinema”.
Manson também afirma que Wood e Gore “enviaram checklists e scripts a possíveis acusadoras, listando os atos específicos de supostos abusos dos quais elas deveriam acusá-lo”, alegando ainda que elas fizeram afirmações falsas às mulheres em questão.
Juíza rejeita acusações feitas por Marilyn Manson
De acordo com o Independent, a juíza da Corte Superior de Los Angeles, Teresa A Beaudet, rejeitou a parte do processo que tratava sobre a suposta carta do FBI, que Wood nega ter forjado.
A autoridade também descartou a seção que alega que Wood e Gore compartilharam uma lista com os itens que deveriam ser usados pelas possíveis mulheres que fizeram acusações contra Manson.
A juíza não se pronunciou sobre o mérito da carta do FBI, mas declarou que as evidências de que os réus a usaram para recrutar outras acusadoras e prejudicar Marilyn Manson eram hipotéticas e escassas.
A decisão de Beaudet teve como base a lei da Califórnia destinada a proteger a liberdade de expressão dos réus de ser reprimida por ações judiciais.
Reação dos advogados de Evan Rachel Wood e Marilyn Manson
Em um comunicado, o advogado de Evan Rachel Wood, Michael Kump, celebrou a decisão da juíza:
Estamos muito satisfeitos com a decisão do Tribunal, que afirma e protege o exercício de Evan de seus direitos fundamentais da Primeira Emenda. Como o Tribunal concluiu corretamente, o querelante falhou em mostrar que suas reivindicações contra ela têm mérito mínimo.
Já o advogado de Brian Warner — nome verdadeiro de Marilyn Manson —, Howard King, declarou em um e-mail que planeja apelar imediatamente:
A decisão é decepcionante, mas não inesperada. O Tribunal telegrafou esse resultado quando se recusou a considerar a declaração juramentada bombástica da ex-querelante Ashley Smithline, que detalhava como as mulheres eram sistematicamente pressionadas por Evan Rachel Wood e Illma Gore a fazer falsas alegações sobre Brian Warner.
A juíza Teresa A Beaudet rejeitou a moção de Wood que solicitava a rejeição de outras partes do processo, alegando que os réus infligiram sofrimento emocional intencionalmente a Manson.
As seções restantes incluíam alegações de que as mulheres hackearam as contas de e-mail, telefone e redes sociais de Marilyn Manson, criaram um e-mail falso para fabricar evidências de que ele estava enviando pornografia ilegal e o “espancaram”, usando um trote para enviar autoridades à sua casa.
Ashley Morgan Smithline disse que fez acusações falsas contra Marilyn Manson
No início deste ano, como citou acima o advogado, a atriz Ashley Morgan Smithline, que em 2021 acusou o músico de estupro, cárcere privado e envolvimento com tráfico humano, declarou em novo processo legal que suas alegações eram falsas.
Ela ainda apontou nos documentos que foi “manipulada” pela atriz Evan Rachel Wood, que foi a responsável por iniciar o movimento de acusações contra o cantor. Saiba mais detalhes aqui.