Parece que foi ontem que a gente escutava “Do I Wanna Know?” por todo lugar, mas o hit do Arctic Monkeys é apenas um dos inúmeros que já estão completando 10 anos em 2023.
O tempo passa rápido e, especialmente na música, uma década acaba indo embora com a mesma rapidez que chega. Ainda que tenhamos tido todo um movimento, uma criação de identidade e estética que torna possível identificar boa parte das obras que surgiu há exatamente dez anos, é normal que ele logo seja substituído por novas influências e referências.
A boa notícia é que o legado de vários destes discos continua bem vivo, servindo inclusive como base para outros álbuns que viriam a ser lançados algum tempo depois. Embarque conosco nessa viagem no tempo para relembrar os 10 melhores discos de 2013, que fizeram história e continuam tendo grande valor tanto tempo depois!
Arctic Monkeys – AM
Principal responsável pelo auge do movimento Indie na década passada, AM foi um marco para o Arctic Monkeys com hits como a já citada “Do I Wanna Know?” e “R U Mine?”. 10 anos depois, muitos dos fãs continuam apegados à estética da época, inclusive se decepcionando com a direção diferente que a banda seguiu nos últimos anos.
Beyoncé – Beyoncé
Novamente muito em alta 10 anos depois, Beyoncé entregou em 2013 um trabalho que viria a ser escolhido como o favorito de muitos fãs. O elemento surpresa foi algo que pesou bastante, mas também dá pra dizer que o disco autointitulado da Rainha foi a última vez que ela explorou uma sonoridade mais próxima da que lhe fez popular em primeiro lugar e isso tem um grande mérito.
Boogarins – As Plantas Que Curam
Grande expoente da música brasileira moderna no exterior, o Boogarins teve um alcance notório na década passada e tudo começou com As Plantas Que Curam. No álbum, a banda goiana mostrou que era capaz de surfar a onda do Rock Psicodélico de uma maneira completamente nova, com um toque brasileiro que remete à fase de ouro da música nacional e fez com que eles garantissem um espaço na prateleira de destaque.
Daft Punk – Random Access Memories
Para muitos o disco mais histórico de 2013, Random Access Memories foi uma grande surpresa até para os fãs de Daft Punk. Soando mais radiofônico do que nunca ao mesmo tempo em que apresentava músicas de quase 10 minutos, o duo francês apostou na experimentação e na parceria com grandes nomes como Pharrell Williams e Nile Rodgers para fazer um trabalho inesquecível, que marcou época e segue tão influente hoje quanto 10 anos atrás.
Danny Brown – Old
Muito mais popular lá fora do que aqui, Old pode ser considerado a obra-prima de Danny Brown. Para além de um instrumental que somava o Hip Hop tradicional a novas influências e experimentações, Brown apresentou aqui um trabalho lírico profundo, dividindo Old em dois lados e se expondo de uma maneira inédita sem perder o seu humor característico.
Deafheaven – Sunbather
À época de seu lançamento, Sunbather poderia ser considerado um dos discos mais revolucionários da década. Abraçando uma estética sonora e visual totalmente ligada ao Shoegaze, o Deafheaven enganava quem via sua capa marcante e achava que iria ouvir uma música tranquila ao apresentar forte influência de Black Metal.
Com seu álbum de 2013, o grupo mostrou que ainda havia muito a explorar na música pesada e o exemplo foi seguido por vários outros nomes, dando início a uma renovação do gênero.
Emicida – O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui
Depois de consolidar seu nome com outros trabalhos, Emicida finalmente lançou seu primeiro disco em 2013. Até hoje, O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui é referência para o Rap nacional moderno, servindo como base musical e lírica até mesmo para outros trabalhos do próprio Emicida.
Além disso, foi plural na escolha de suas participações, juntando universos sonoros diferentes em um caldeirão de influências que consolidaram o rapper como um dos maiores nomes do gênero em todos os tempos.
Lorde – Pure Heroine
Jovem e inexperiente, Lorde chocou o mundo Pop quando estourou mundialmente graças ao hit “Royals”. Quem se prendeu a ele, no entanto, deixou de conhecer toda a genialidade de Pure Heroine, que já mostrava o viés diferente da cantora neozelandesa que veio a ficar marcado de vez com a chegada de Melodrama alguns anos depois.
Queens of the Stone Age – …Like Clockwork
Talvez em um dos últimos grandes momentos do Rock na última década, …Like Clockwork foi o auge moderno de um gênero que lutava (e ainda luta) para sobreviver. O Queens of the Stone Age não era mais aquela pancada Stoner do começo ao fim, mas conseguiu incorporar uma atmosfera totalmente diferente ao seu disco mais aclamado sem perder a sua identidade, resultando em faixas soturnas e angustiantes que se conectam com o ouvinte de uma forma que poucos conseguem.
Vanguart – Muito Mais Que o Amor
A década passada teve ainda uma grande onda de ressurgimento do Folk, com o gênero dominando o line-up de festivais e rádios. Foi aqui no Brasil, entretanto, que o Vanguart entregou um dos melhores álbuns desse renascimento Folk, apresentando em Muito Mais Que o Amor uma sonoridade complexa e ao mesmo tempo capaz de se comunicar com o grande público, o que resultou na banda marcando presença até em novela da Globo.