Entrevistas

Prestes a tocar no Brasil, Dry Cleaning fala com o TMDQA! sobre rotina maluca de turnês e show imperdível do C6 Fest

Prestes a tocar no C6 Fest, a banda britânica Dry Cleaning conversou com o TMDQA! sobre as suas expectativas para o festival e muito mais.

Dry Cleaning
Divulgação

Uma das bandas mais interessantes dos últimos tempos, o Dry Cleaning surgiu literalmente em uma garagem no Reino Unido. Despretensioso, o grupo substitui complexas melodias vocais por um estilo mais falado, transmitindo através dessa escolha estilística somada ao seu instrumental que navega entre gêneros musicais a sua perspectiva musical tão única.

Não à toa, o quarteto formado por Florence ShawLewis MaynardTom Dowse e Nick Buxton foi escalado para o C6 Fest, um dos festivais mais interessantes do ano que chegou para chamar atenção no circuito nacional. A banda se apresenta nesta sexta-feira (18) em São Paulo, às 18h05, na Tenda Heineken — mas antes, diretamente do Chile, Lewis e Tom bateram um papo com o TMDQA!.

Continua após o vídeo

Das garagens do Reino Unido para os palcos da América Latina

Já vivendo a experiência sul-americana, Lewis e Tom se mostraram surpresos com os shows de “alta energia” que vêm fazendo, inclusive citando que estão dispostos a fazer “quantas apresentações forem possíveis” por aqui.

A dupla definitivamente parece valorizar a oportunidade de ter saído de uma garagem para chegar a palcos tão grandes — isso porque ainda nem se apresentaram no Brasil, onde estarão simplesmente no Parque Ibirapuera, um dos mais famosos do país.

Apesar disso, não escondem o cansaço e falam que não tem sido possível conhecer grande parte dos países que visitam, e Tom até detalhou um pouco da rotina maluca que os acompanha nessas viagens:

Nós não temos tempo pra nada. Literalmente acordamos às seis da manhã hoje para pegar um voo, e literalmente chegamos ao local do show uma hora e meia atrás. Estamos nos ajeitando na casa de shows desde então! A gente literalmente acabou de sair de lá porque estava muito barulho. [risos] Nós não tivemos tempo nenhum, mas vimos o suficiente para saber que queremos voltar, com certeza absoluta.

Lewis complementou, explicando a estratégia que eles têm adotado desde que começaram a fazer turnês devido ao sucesso (improvável, vale ressaltar) de seu disco de estreia New Long Leg (2021), que logo ganhou uma continuação na forma do também ótimo Stumpwork (2022):

São, tipo, dois bons anos de turnê agora e meio que o plano é sempre não ter planos. [risos] Você nunca sabe quanto tempo vai ter por dia. Um dia como hoje, por exemplo, não faz sentido ter planos porque vamos passar a maior parte do tempo no porão da casa de shows. Mas sempre agarramos uma oportunidade quando temos!

Mesmo com tudo isso, após um aviso amigo de que não podem sair do Brasil sem provar o nosso famoso pão de queijo, a dupla garante: “sempre há tempo para novas comidas!”.

Continua após o vídeo

Dry Cleaning, C6 Fest e música brasileira

Uma das primeiras atrações do C6 Fest, o Dry Cleaning toca já nesta sexta-feira (18) no evento que acontece também no sábado (19) e domingo (20) no Parque Ibirapuera, em São Paulo (ingressos aqui).

Quem lamentou essa agenda foi o próprio Tom, destacando que gostaria muito de ficar até domingo para ver o show de Weyes Blood, que cantará no último dia de evento também na Tenda Heineken, às 19h10. A banda britânica, infelizmente, já estará se deslocando para outro show e não poderá vê-la, mas a apontou como a apresentação imperdível do evento!

Por outro lado, Lewis lamentou sua ausência no mesmo dia quando descobriu que haverá um show de Caetano Veloso. Despretensiosamente, sem saber que o ícone da MPB estava escalado para o C6 Fest, o músico o citou quando foi perguntado sobre sua relação com a música brasileira:

Eu não tenho [muito contato] com a música brasileira moderna, mas eu gosto bastante da Tropicália, Caetano Veloso…

Depois, ele explicou por que conhece alguns dos clássicos da nossa música:

Há uns 10 anos, eu tocava baixo com uma artista brasileira chamada Cibele. Isso é meio que tudo a que fui exposto, infelizmente, mas essa é uma das coisas boas de viajar tanto: você sempre conhece um monte de bandas, especialmente em festivais, e todo mundo te apresenta aos artistas locais.

Além de Caetano, vale ressaltar, a programação nacional do C6 Fest ainda conta com nomes como Tim Bernardes (cantando Gal Costa) e Xênia França, além de dois shows especialíssimos: um tributo a Zuza Homem de Mello e uma homenagem ao ano de 1973 comandado por Kiko Dinucci Juçara Marçal.

Você pode garantir seus ingressos para o C6 Fest, que também tem outros grandes nomes internacionais como KraftwerkThe War on DrugsChristine and the Queens, neste link. Não perca!