A gente te contou aqui que Josh Homme, vocalista do Queens of the Stone Age, tem encarado uma longa disputa judicial envolvendo sua ex-mulher Brody Dalle, do The Distillers.
Além disso, o cantor e guitarrista revelou que, nos últimos tempos, precisou lidar com a perda de seu amigo Taylor Hawkins, seu ex-colega de banda Mark Lanegan e cinco outras pessoas próximas a ele.
Tudo contribuiu para que o lançamento do novo trabalho de estúdio do QOTSA, In Times New Roman…, fosse sendo postergado ao longo dos últimos anos, como ele explicou em uma nova entrevista para a revista alemã Visions. Vale lembrar que o último disco lançado pelo Queens of the Stone Age foi Villains, de 2017.
No entanto, o novo álbum – antecipado pelo single “Emotion Sickness” – finalmente chegará ao mercado em 16 de Junho pela Matador Records e Homme abriu o jogo sobre o processo interno que enfrentou até aqui.
Na conversa, o músico deixou claro que não estava em condições de lançar um novo disco enquanto lidava com questões pessoais tão devastadoras (via AlternativeNation):
Teve tantos mais [além de Taylor e Mark] que eu perdi. Nos últimos anos, chorei sete mortes, incluindo pessoas muito próximas a mim. Então, quando a pandemia começou, eu estava em um exílio autoimposto. Eu não era capaz de fazer música naquela época – não estava mental ou emocionalmente pronto para isso. Perdi amigos, perdi minha família e vi a devastação que a dor pode causar. Na verdade, a pandemia foi como uma bênção nesse sentido, porque fez a cada um de nós a mesma pergunta simples: diga-me as coisas que são absolutamente importantes para você, porque é tudo o que você precisa. Claro que o álbum tem uma certa complexidade, mas na verdade é composto por partes muito simples. É construído com blocos muito mais burros do que os que usei no passado.
A gente fica feliz em saber que Josh está pronto para seguir em frente!
Josh Homme responde sobre futuro do QOTSA
No papo, Josh também foi questionado sobre a possibilidade de continuar com o Queens of the Stone Age caso um dos integrantes da banda morresse, como aconteceu com o Foo Fighters e a triste perda de Taylor Hawkins em 2022.
Ao responder, Homme citou até o Lynyrd Skynyrd para ilustrar o pensamento de que os fãs estariam acima de tudo:
Pergunta interessante. Acho que o Queens está em uma posição de resistir às coisas que acontecem e incorporar as experiências que têm em sua própria arte. É da natureza do Queens sempre mudar. Aceitar a mudança faz parte do nosso DNA.
No caso do Foo Fighters, acho que eles só precisam continuar – para honrar Taylor porque não há como amá-lo mais do que amam. Quando a jornada de uma pessoa neste planeta chega ao fim, acredito que todos os que ficam para trás têm a obrigação de seguir em frente.
Por outro lado, eu me pergunto: o que pensar de uma banda como o Lynyrd Skynyrd que ainda está na estrada hoje, mesmo que não tenha sobrado nada da formação original? Em última análise, a resposta a esta pergunta está no gosto das pessoas. Apesar do Lynyrd Skynyrd ser uma banda cover hoje, as pessoas ainda querem ouvir essas músicas – e o que eu tenho contra isso? Além disso, estou tão ocupado descobrindo do que gosto que raramente tenho tempo para pensar no que não gosto.
Concorda? A entrevista original, em alemão, está disponível neste link.
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