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Novo disco do Foo Fighters é "o melhor da banda em 20 anos", diz resenha

Desde a morte do baterista Taylor Hawkins em Março de 2022, muito se falou sobre o futuro do Foo Fighters e as críticas do novo disco estão excelentes.

Foo Fighters
Reprodução/Instagram

Desde a trágica e repentina morte do baterista Taylor Hawkins em Março de 2022, muito se falou sobre o futuro do Foo Fighters.

A banda de Dave Grohl se recuperou como podia e transformou o luto em inspiração para um novo álbum, But Here We Are, com lançamento previsto para 2 de Junho.

Como o título sugere, o disco carrega a missão de comunicar aos fãs que eles seguem firmes e fortes, não importa o número de infortúnios que se apresentarem a frente. Grohl, por exemplo, precisou lidar também com perda de sua mãe, Virginia, apenas alguns meses depois da partida de Hawkins.

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Foo Fighters recebe diversos elogios por But Here We Are

No entanto, apesar de machucado, o FF continua por aqui e, se alguém tinha alguma dúvida de que o grupo se manteria relevante, ela já pode ser dissipada. Pelo menos é o que garantem as primeiras críticas de But Here We Are.

Como se quisessem provar para todo mundo que a morte de Taylor não será o fim da banda, ou como se precisassem criar uma bela homenagem ao amigo em forma de música, o novo disco vem sendo alçado ao hall das melhores obras do Foo Fighters e a Consequence até o elegeu o melhor do grupo no novo milênio.

Já a Loudersound, em sua resenha, escreveu que But Here We Are “tem 48 minutos de intensidade bruta”. “‘Catártico’ é uma palavra muito usada, mas realmente soa como 15 meses de emoções reprimidas sendo desencadeadas de uma só vez”, definiu o veículo em outro trecho, antes de complementar:

Musicalmente, ‘But Here We Are’ é mais pesado e denso do que qualquer coisa que o Foo Fighters tenha lançado nos últimos 25 anos – não é pesado como o Probot [outro projeto de Dave Grohl], mas ainda está a um mundo de distância de ‘Times Like These’. As guitarras zumbem e se enfurecem como vespas em uma jarra de geleia virada para cima, com a marca clara do Hüsker Dü, os ícones cult do hardcore dos anos 80 amados pelo cantor. Ele toca bateria em todas as faixas, batendo nelas tão forte quanto nos dias do Nirvana — cada batida alimentada por tristeza, raiva, desesperança e desafio. Claro, este é um disco de Dave Grohl. Apesar de tudo, seu senso infalível para grandes melodias e grandes melodias não o abandonou. A faixa-título é um rugido de desafio projetado para ser gritado em festivais ao redor do mundo.

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Resenhas do novo disco do Foo Fighters

Já a Spin afirmou que, apesar da temática de perda permear todo o trabalho, acredita que não seja justo resumi-lo a este objetivo graças a toda a profundidade explorada pelos integrantes:

A esse respeito, é um tanto inútil comparar ‘But Here We Are’, produzido por Greg Kurstin, com qualquer outro álbum dos FF além da estreia, já que ambos foram escritos nas sombras de uma perda profunda e impensável. E enquanto filtrar cada frase aqui através desse prisma pode tornar o álbum impossivelmente pesado (especialmente para fãs de hardcore), Grohl (de volta à bateria pela primeira vez em um disco do FF desde ‘In Your Honor’, de 2005), o baixista Nate Mendel, os guitarristas Chris Shiflett e Pat Smear e o tecladista Rami Jaffee imbuíram ‘But Here We Are’ com novos níveis de profundidade, maturidade, composição musical e narrativa, garantindo que seja muito mais do que apenas um álbum sobre luto.

O Telegraph foi mais longe e lembrou a morte de Kurt Cobain em 1994, o que causou a dissolução do Nirvana na época. Além disso, citou o fato de que, em sua visão, a profundidade não era algo tão explorado nos últimos anos e isso mudou com o novo trabalho:

Vale a pena notar que o FF nasceu da perda e da dor, quando o suicídio de Kurt Cobain, do Nirvana, em 1994, obrigou o poderoso baterista [Dave Grohl] a sair da linha de trás para gravar um álbum de estreia com suas próprias canções, no qual tocou todos os instrumentos. Mas essa não foi uma oferta particularmente pessimista e como a banda de Grohl cresceu em número [atualmente há seis membros] e ascendeu ao status de conquista de estádios, eles raramente pareciam particularmente profundos.

Em questão de notas, até agora, tudo caminha para um consenso de no mínimo quatro estrelas de cinco possíveis. É para jogar a ansiedade lá no alto!

Foo Fighters – But Here We Are

Enquanto But Here We Are não chega por completo, ouça aqui ou logo abaixo a ótima “Show Me How”, faixa que foi liberada pelo Foo Fighters nesta quinta-feira (25).

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