Depois da perda de Taylor Hawkins, o Foo Fighters se viu envolto em expectativas. Havia dúvidas sobre o futuro da banda sem o seu baterista de longa data, mas tudo isso foi embora depois da chegada de But Here We Are (2023), último disco do grupo liderado por Dave Grohl até o momento.
O trabalho se somou a uma discografia já muito recheada, que conta com outros 10 discos de estúdio bastante aclamados e que marcaram gerações, fazendo com que a banda se tornasse uma das maiores do mundo.
Empolgados com o excelente novo álbum cuja resenha você confere por aqui, atualizamos a nossa lista com aquela que acreditamos ser a ordem definitiva da poderosa discografia do Foo Fighters.
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Sonic Highways (2014)
A ideia era boa, mas a execução deixou a desejar.
Em seu oitavo disco, o Foo Fighters resolveu visitar oito cidades dos Estados Unidos para gravar em estúdios lendários com participações especiais de músicos locais.
Ao final das contas, as músicas ficaram abaixo da média e as participações são quase imperceptíveis, assim como o impacto do local onde elas foram gravadas.
Concrete & Gold (2017)
O sucessor de Sonic Highways trouxe o Foo Fighters de volta a um processo de composição mais normal, reencontrando sua maestria ao entregar alguns grandes sucessos como “Run” e “The Sky Is a Neighborhood”.
Apesar disso, Concrete & Gold ainda deixa a desejar de forma geral e acaba ficando recheado de músicas pouco memoráveis, mesmo tendo participações de nomes lendários como Paul McCartney e Justin Timberlake.
Medicine at Midnight (2021)
Naquele que é o último disco da banda com o baterista Taylor Hawkins, o grupo mostrou que estava começando a reencontrar aquela paixão que fez com que tantos ao redor do mundo fossem conquistados pelo seu som.
Com faixas como “Shame Shame” e “Making a Fire”, os Foos deixavam de lado a vergonha de abraçar influências um pouco mais distantes do peso, ao mesmo tempo em que davam a todas essas canções uma cara única que trazia os elementos que consagraram o FF.
Apesar disso, impossível não destacar a pancada que é “No Son of Mine” e a balada sensacional em “Waiting on a War”.
In Your Honor (2005)
In Your Honor, quinto disco de estúdio do Foo Fighters, é um caso atípico.
O álbum é duplo e conta com um disco “de rock” e um segundo acústico, voltado a baladas.
No primeiro, plugado, o resultado não chama a atenção a não ser em alguns raros momentos como a ótima “Best of You”.
No segundo os violões dão as caras, bem como as participações especiais de Norah Jones, Josh Homme e John Paul Jones, que deixam as coisas interessantes mas poderiam ter sido lançadas como um álbum por conta própria.
Echoes, Silence, Patience & Grace (2007)
Mesmo quando produz discos que não são exatamente lendários, o Foo Fighters ainda tem a capacidade de gravar grandes singles que tornam os álbuns bem sucedidos.
Se a crítica não recebeu Echoes, Silence, Patience & Grace lá muito bem, músicas como “The Pretender” e “Long Road To Ruin”, com seu clipe engraçadinho, deram gás ao disco.
One by One (2002)
Aqui a escolha entre “melhores” e “piores” da banda já começa a ficar complicada.
One by One é um grande álbum com músicas como “All My Life”, “Low” e “Times Like These”, que através de refrães e grandes clipes se tornaram favoritas dos fãs ao longo do tempo.
Para muitos, o disco só peca pelos longos 55 minutos de duração.
There Is Nothing Left to Lose (1999)
Em 1999, após o grande sucesso de The Colour and the Shape, lançado dois anos antes, o Foo Fighters precisava manter o alto nível e o fez em grande estilo.
Na primeira vez do baterista Taylor Hawkins com a banda em estúdio, os caras souberam mesclar sons experimentais como a abertura em “Stacked Actors”, mega hits como “Breakout”, clipes divertidos como o icônico vídeo para “Learn to Fly”, com participação do Tenacious D, e algumas das mais belas baladas da carreira como “Aurora”, “Next Year” e “Ain’t It the Life”.
Foo Fighters (1995)
Em 1995, Dave Grohl resolveu superar a dor da perda de Kurt Cobain, companheiro de Nirvana, e lançou o primeiro disco de sua nova banda que havia batizado como Foo Fighters.
As canções foram todas escritas e arranjadas por ele, que também gravou todos os instrumentos e só teve ajuda externa quando convidou Greg Dulli (The Afghan Whigs) para participar com guitarras em “X-Static”.
O resultado é um disco que não deve nada aos grandes títulos do grunge e rock alternativo lançados na metade da década de 90, com canções como “This Is a Call”, “Alone + Easy Target”, “Big Me”, “For All the Cows” e mais.
Wasting Light (2011)
Houve muita discussão, cadeiras arremessadas, dedo no olho e mais aqui na redação quando chegamos às primeiras posições, e se Wasting Light for o seu álbum favorito do Foo Fighters, entendemos completamente!
14 anos após a sua saída, o guitarrista Pat Smear voltou à banda que tornou-se um quinteto e soube muito bem equilibrar as composições que, em boa parte, poderiam estar em um verdadeiro greatest hits do grupo, com “Rope”, “Walk”, “These Days”, “White Limo”, “Arlandria” e mais.
Em um disco conciso, direto e com a sonoridade clássica do Foo Fighters, ainda houve espaço para participações lendárias como a de Bob Mould (Hüsker Dü, Sugar) em “Dear Rosemary” e Krist Novoselic, ex-companheiro de Dave Grohl no Nirvana, em “I Should Have Known”.
Discão!
But Here We Are (2023)
Não é exagero algum dizer que But Here We Are é um disco perfeito. Movido puramente pela emoção e paixão, Dave Grohl reencontrou no novo álbum o seu melhor lado enquanto compositor e entregou uma obra prima, digna não apenas de entrar no pódio desse catálogo como também de disputar o primeiro lugar.
Se não fosse o status de clássico atemporal do trabalho que ficou no topo desta lista, But Here We Are poderia ter chegado já roubando tudo para si. Com o tempo, no entanto, não é impossível pensar que este seja o trabalho a envelhecer melhor: as músicas têm sonoridades diversas e soam como uma evolução de tudo que foi feito em todos os anos de banda.
Carregado emocionalmente nas letras, pensado minuciosamente nos detalhes de seu instrumental e executado e gravado com uma maestria impressionante, o disco de 2023 é favoritíssimo a ficar eternizado na história da música. Uma homenagem perfeita a Taylor Hawkins.
The Colour and the Shape (1997)
The Colour and the Shape, segundo disco de estúdio da banda, marcou a estreia do Foo Fighters como um grupo verdadeiramente dito.
Após gravar o primeiro álbum por conta própria, o ex-baterista do Nirvana recorreu ao guitarrista Pat Smear (Germs, Nirvana) e do Sunny Day Real Estate vieram o baixista Nate Mendel e o baterista William Goldsmith.
Após participar dos shows de divulgação do primeiro álbum e chegar a gravar as baterias do segundo, William foi retirado do grupo por Dave Grohl, que regravou quase todas as canções de The Colour and the Shape a não ser “Doll” e trechos de “Up in Arms” e “My Poor Brain”.
Ainda assim, tendo que lidar com a saída de um integrante e a regravação das músicas, Dave Grohl sabia o que estava fazendo e nesse disco mostrou ao mundo o que era a sonoridade definitiva do Foo Fighters.
Hits potentes e barulhentos como “Monkey Wrench” se misturam a canções que alternam momentos cheios de guitarras com outros mais calmos em doses muitíssimo bem calculadas, com resultados que puderam ser ouvidos em faixas como “My Hero”, “February Stars” e “Everlong”.
Ainda há espaço para a balada “Walking After You” e o final divertido com “New Way Home”.
The Colour and the Shape é o disco que tem cara de cartão de visitas e, quando alguém perguntar sobre qual é a sonoridade da banda, ele serve muito bem para exemplificá-la em suas diversas nuances.