O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, poderá tomar a primeira ação concreta de um grande governo para controlar o avanço da Inteligência Artificial (IA).
Foi o que disse o consultor de Tecnologia do país, Matt Clifford, em entrevista à imprensa britânica. Segundo ele, os esforços podem evitar a morte de “muitos humanos” nos próximos dois anos.
O conselheiro disse que os riscos de curto prazo são “bastante assustadores” e incluem a possibilidade de novas armas biológicas e cibernéticas.
Para Matt Clifford, se aproveitada da maneira certa, a IA pode ser “uma força para o bem”, ajudando na área médica e na economia neutra em carbono, por exemplo. Mas, para isso, ele acredita que é preciso regular o uso dessas ferramentas (via Independent):
Os riscos a curto prazo são bastante assustadores. Hoje, você já pode usar a IA para criar receitas para armas biológicas, ou para lançar ataques cibernéticos de larga escala. São ameaças muito perigosas que podem matar muitos humanos – não todos – especialmente considerando o que as ferramentas podem se tornar em dois anos.
O tipo de risco existencial que os escritores falaram… sobre o que acontecerá quando criarmos uma nova espécie, uma inteligência maior que a humana. O que precisamos focar agora é em como controlar essas ferramentas, porque neste momento nós não estamos [fazendo isso].
Que situação!
Reino Unido sugere controle da IA
O primeiro-ministro britânico Rishi Sunak está embarcando para os Estados Unidos, onde irá conversar com o presidente Joe Biden para que os dois países estejam à frente dessa iniciativa.
O Reino Unido deverá sugerir a criação de uma agência e de um órgão de pesquisa internacionais sobre Inteligência Artificial, aos moldes do que já existe para controlar a Energia Atômica.
A proposta do governo do Reino Unido acontece após a divulgação de uma carta assinada por grandes executivos e especialistas em tecnologia, dizendo que os riscos da IA devem ser tratados com a mesma urgência que as pandemias ou guerras nucleares.
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