Prestes a lançar um novo disco com o Queens of the Stone Age, o vocalista e guitarrista Josh Homme fez uma revelação chocante.
De acordo com o músico, In Times New Roman… é resultado de uma necessidade quase visceral. Ele contou em uma entrevista à Revolver que, pela primeira vez, “não queria fazer um disco, mas estava lidando com muita coisa na vida pessoal” e isso o obrigou a recorrer à música (via Loudwire):
Nós gravamos muita coisa. Eu acho que estava fazendo isso porque, quando estou em apuros, é isso que eu faço. É pra onde eu vou para acertar as coisas.
Em seguida, Josh surpreendeu ao revelar que teve um diagnóstico de câncer em 2022. Ele não deu detalhes sobre o tipo da doença, mas deixou claro que já passou por um procedimento para removê-lo:
Eu nunca digo que não dá pra piorar. Eu nunca digo isso, e eu não aconselharia [ninguém a dizer isso]. Mas eu digo que vai melhorar… O câncer foi só a cereja do bolo desse período interessante de tempo, sabe? Eu sou extremamente grato por ter superado isso, e vou olhar para trás como algo que é fodido — mas que me fez melhor. Eu estou bem com isso. Há muita coisa que eu quero fazer. E há muita gente com quem eu quero fazer essas coisas.
Certamente, tem muita coisa para ouvirmos nesse novo disco! In Times New Roman… chega às plataformas digitais no dia 16 de Junho.
Josh Homme e o novo disco do Queens of the Stone Age
Ainda na entrevista em questão, Josh fez uma referência a uma das músicas do novo álbum, o single “Emotion Sickness”, que você confere ao final da matéria.
O termo se traduz para algo como “doença emocional”, mas faz um trocadilho com o termo motion sickness, usado para descrever a náusea que algumas pessoas sentem com movimentos bruscos, como acontece em aviões, montanhas-russas e afins.
Ele contou, referenciando as várias mortes com as quais teve de lidar nos últimos anos e também toda a confusão de seu divórcio com Brody Dalle, vocalista do The Distillers, que teve novas repercussões recentemente:
Eu definitivamente tinha um caso sério de ‘emotion sickness’. Houve momentos em que eu quase não consegui seguir. Por mim, está tudo bem ruminar isso. Não está tudo bem ficar nisso, ficar sentindo pena de mim mesmo. Têm sido os quatro anos mais sombrios da minha vida. Mas isso é ok, também. Nas minhas dores, nos meus erros, nessas mortes e nas minhas próprias questões físicas com as quais estou lidando — mesmo que tudo que aconteceu tenha destruído minha vida anterior em pedaços, eu consegui construir um barco com esses pedaços e ele está prestes a ser lançado. Eu vou flutuar para a minha nova vida com todas essas peças.
Vale lembrar que o Queens of the Stone Age apresentará as músicas do sucessor de Villains (2017) no Brasil pela primeira vez ainda em 2023, como parte da programação do festival The Town em São Paulo.