Sim, nós amamos arranjos complexos, músicas com o tempo quebrado e harmonias diferentes. Mas vamos falar a verdade: quem está aprendendo a tocar um instrumento só quer uma boa canção com poucos acordes!
Quando falamos de guitarra e violão, uma das maiores dificuldades dos iniciantes é justamente alternar a posição dos dedos a cada dois ou quatro compassos. Mas a boa notícia é que, muitas vezes, grandes músicas não precisam ser complexas.
Existem várias formas de enriquecer uma canção, seja com a melodia, o ritmo, ou com um bom refrão chiclete. Pensando nisso, o TMDQA! reuniu 10 sucessos do Rock e do Pop, nacionais e gringos, que têm apenas dois acordes.
A seleção vai de The Doors e Nirvana até Alicia Keys e Geraldo Vandré, e você pode conferir as cifras ao lado de cada uma. Depois diz pra gente qual você aprendeu!
10 músicas de dois acordes
The Doors – “Break On Through (To the Other Side)” (Acordes: Em – D)
Na verdade, toda a base deste clássico do The Doors é em cima apenas do Mi menor, e o Ré maior entra como uma surpresa que leva ao refrão, novamente em Mi menor. Esta é a primeira música do primeiro disco da banda, autointitulado, de 1967.
Sublime – “What I Got” (Acordes: D – G)
Passando do Rock para o Ska, chegamos a um dos maiores álbuns póstumos da história, que conta com um mega-hit que usa dois dos acordes mais simples, o Ré e o Sol. Difícil mesmo é cantar como Bradley Nowell!
Alicia Keys – “Fallin'” (Acordes: Em – Bm7)
Esta música é prova de que dois acordes podem te levar longe. Com o disco Songs in A Minor, de 2001, Alicia Keys chegou ao primeiro lugar das paradas e faturou três Grammys. Ironicamente, “Fallin'” é em Mi menor e Si menor com sétima, e não Lá menor como o título do álbum indica.
Skank – “Acima do Sol” (Acordes: Am7 – G)
No Brasil, uma das bandas que melhor explorou a simplicidade das harmonias foi o Skank. Para tocar a deliciosa “Acima do Sol”, basta saber o Lá menor com sétima e o Sol, ambos acordes feitos nas três primeiras casas do violão.
Fleetwood Mac – “Dreams” (Acordes: F – G)
Essa é pra agradar todo mundo, porque é tanto um clássico dos anos 70 como um hit viral dos dias atuais. Aqui, o guitarrista Mike Campbell vai e volta entre o Fá e o Sol. A única dificuldade é aprender o temido “traste”, quando o dedo indicador pressiona todas as cordas.
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Arctic Monkeys – “505” (Acordes: Dm – Em)
No disco Favourite Worst Nightmare (2006), bem como em todo o início de carreira, o Arctic Monkeys prezava pela simplicidade. O hit em questão usa a boa e velha progressão “menor para menor”, do Ré para o Mi, o que garante o tom sombrio e melancólico da música.
Geraldo Vandré – “Pra Não Dizer que Não Falei das Flores” (Acordes: F#m – E)
Essa é pra impressionar naquele encontro familiar. Um dos maiores clássicos da MPB varia entre o Fá sustenido menor e o Mi maior, marcando o tempo lentamente para que a beleza da letra sobressaia.
The Beatles – “Eleanor Rigby” (Acordes: Em – C)
A maior banda de todos os tempos usou a fórmula dos dois acordes em várias músicas, incluindo “Love Me Do”, “Paperback Writer” e “Tomorrow Never Knows”. A sombria “Eleanor Rigby” talvez te surpreenda por usar apenas Mi menor e Dó maior.
Nirvana – “Something in the Way” (Acordes: F#m – D)
Se você precisar de uma ajudinha nessa aqui, basta assistir ao Acústico MTV do Nirvana, show que deu ainda mais profundidade para a canção. O pulo do gato aqui é o famoso “drop D”, ou seja, afinar a corda 6 em Ré para que os acordes de Fá sustenido menor e Ré maior soem mais graves.
Santana – “Oye Como Va” (Acordes: Am7 – D7)
Calma, eu sei que nada que sai da guitarra de Carlos Santana é simples… mas se você for fazer apenas a base em uma banda de Bolero e Rock latino, já pode aprender o Lá menor com sétima e o Ré com sétima e deixar o solista viajar em cima disso.