O rapper e produtor musical Zudizilla está se preparando para encerrar sua trilogia musical tão aclamada com o disco Zulu: Quarta Parede (Vol.3).
Começando a divulgação da última parte do projeto, que teve início em 2019 com o álbum Zulu, Vol.1: De Onde Eu Possa Alcançar o Céu Sem Deixar o Chão e que também contou com o elogiado Zulu: De César a Cristo (Vol.2), lançado em 2022, o artista de Pelotas compartilha com exclusividade através do TMDQA! o single “EGOT”.
Ao TMDQA!, Zudizilla aponta que o nome da faixa — sigla usada para representar os ganhadores dos maiores prêmios do entretenimento (Emmy, Grammy, Oscar e Tony) — está alinhada com o conceito abordado por ele na letra e no clipe da nova música.
Isso porque “EGOT” surge do questionamento de ser realmente necessária, ou não, a criação de um personagem para ter sucesso na carreira artística. Na faixa, ele faz uma reflexão sobre “agir na vida real com a plasticidade de um personagem”, em um enredo que contempla tanto o “faz de conta” como a vida real. Em um trecho da música, por exemplo, ele diz:
- Minha vida é tipo um filme e esse roteiro é digno de Oscar / Minha vida é tipo um filme e a trilogia é digna de Oscar / Tudo se mistura no enredo não existe a linha entre artista e obra
Sobre a primeira prévia do disco Zulu: Quarta Parede (Vol.3), que conta com guitarras do Queniano KatoChange, além de Gabriel Gaiardo no piano e instrumental do produtor Sweet Jazza, Zudizilla complementou:
A letra dela também viaja entre o real e o fictício trazendo muita subjetividade para abordar o assunto em questão, que é essa necessidade do artista – oras de talento questionável, criar um persona que simule vivências. A quebra da quarta parede é sobre derrubar esse véu, já que meu trabalho não limita artista e obra, e sendo os dois o mesmo, uma série de conflitos se detecta a partir daí.
Confira o clipe de “EGOT”, dirigido por Diogo Comum, com exclusividade no player ao final da matéria!
Zudizilla e o novo single “EGOT”
Sobre a escolha de “EGOT” para apresentar aos fãs o projeto final da trilogia de Zulu, que marcou o Rap nacional, Zudizilla apontou que a faixa carrega o conceito do disco como um todo:
Se eu fosse o tipo de artista que traz singles com nome de disco, essa faixa seria perfeita pra isso. Subjetivamente, ela é a que traz de forma mais direta a narrativa do Vol.3, e eu gosto sempre de trazer ao público na folha inicial de minhas obras grande parte do que será apresentado. Além de achar essa música muito grande, com um refrão que apesar de potente e subjetivo é também extremamente dançante, acredito que enquanto rapper é uma das músicas mais completas e complexas do projeto, merecendo esse destaque.
Como ouvinte, esse é o tipo de música que quando tocasse eu desbloquearia a tela do celular pra saber quem é o artista, ou perguntaria pra alguém. Ela tá muito próxima das obras de Black Milk, Kendrick, Jenkins, Jay Prince e outras referências que se arriscam a criar sonoridades que transpassam o óbvio.
No vídeo que acompanha o single, Zudizilla consegue compartilhar com o público seu lado mais ator, além de apresentar um conceito que faz referência à ideia de “quebra da quarta parede”. Ele explicou:
O clipe nasceu de uma necessidade que eu enxergo de trazer o meu lado mais personagem à tona, e essa é uma tônica de meu álbum. Quem me acompanha já viu que são raras as vezes em que eu interpreto nos meus clipes, geralmente eu trabalho com recortes reais pra ilustrar a música que por si só nunca será a realidade. É mais ou menos como o conceito da arte que entrega a superfície da tela e questiona que, apesar da perfeição de traços, a tela sempre é só tela.
Partindo desse princípio, a ideia do clipe é criar um universo multidimensional, com diversos momentos onde é só clipe, e onde o clipe é um clipe dentro do mesmo, fazendo assim menção à ideia de quebra da quarta parede. Depois disso, foi só bater referências visuais com o diretor Diogo, que foi extremamente competente em traduzir esse conceito em filme. Focamos bastante em meu acting pra trazer essas atmosferas, tem momentos do clipe que não tem acting e é geral curtindo muito REAL, além do início e do final do mesmo que são passagens reais que desde o início estava nos planos do trabalho.
Por enquanto, resta aguardarmos mais novidades sobre Zulu: Quarta Parede (Vol.3), que está previsto para ser lançado no início do segundo semestre de 2023 e promete ser um dos grandes trabalhos do ano!