12 discos internacionais que você já deveria ter ouvido em 2023

Chegamos em Julho e, enquanto esperamos para montar a tradicional lista de fim de ano, confira um spoiler com alguns dos melhores discos de 2023 até agora.

Melhores discos internacionais de 2023 até agora
Melhores discos internacionais de 2023 até agora

Já estamos oficialmente em Julho e, até o momento, o mundo da música já nos ofereceu uma enorme quantidade de grandes discos. Entre os nomes internacionais, são vários destaques que estão separados para a nossa tradicional lista de final de ano.

Como a gente sabe que muita gente está sempre procurando novidades e, claro, algumas coisas acabam passando batidas, resolvemos dar um spoiler do que vem por aí e separar 12 dos melhores discos internacionais que já ouvimos neste ano, e que você também deveria ouvir.

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Do Rap ao Metal Extremo, incluindo álbuns que unem esses dois mundos tão distintos, confira a nossa seleção a seguir!

12 discos internacionais que você já deveria ter ouvido em 2023

Arlo Parks – My Soft Machine

Dona de uma estreia espetacular em 2021 com Collapsed in Sunbeams, Arlo Parks logo se tornou uma das mais promissoras vozes britânicas da nova geração. Agora, com My Soft Machine, ela mostra outros lados de suas composições e expande o sucesso do álbum que deu início à sua carreira e que a fez conquistar uma audiência fiel e apaixonada.

Com influências que vão do Emo ao Rap, Arlo incorpora elementos de cada uma de suas referências com grande facilidade. Quando se apresentou no Brasil, aliás, a cantora usou uma camiseta de Bob Dylan e é difícil não enxergar nela uma sucessora espiritual para o Folk como um todo, já que faz um excelente trabalho de se basear no gênero sem se prender àquilo que já conhecemos dele.

boygenius – the record

Depois de muita expectativa, o trio boygenius, formado por Phoebe Bridgers, Lucy Dacus e Julien Baker, finalmente lançou seu disco de estreia em 2023. the record chega com músicas que navegam maravilhosamente bem entre o Indie, o Folk e o Pop, com uma pitada de Rock Alternativo e até de Shoegaze para embelezar ainda mais tudo que o trio propõe no trabalho.

É uma pedida certa para fãs das carreiras individuais, naturalmente, mas também para quem sequer conhece a obra das três. Vale destacar ainda que a turnê da banda tem chamado bastante atenção, com shows sensacionais que têm até um viés político, como quando se apresentaram em drag no Tennessee, estado dos EUA que tem tentado coibir este tipo de cultura.

City and Colour – The Love Still Held Me Near

Depois de retornar ao Alexisonfire, Dallas Green deixou muita gente na dúvida sobre o futuro do City and Colour. A boa notícia é que seu projeto solo segue a todo vapor e lançou mais um disco excelente em The Love Still Held Me Near, que soa de fato como um sucessor para A Pill for Loneliness, lançado em 2019.

Recheado de emoção, o álbum traz um misto de emoções ao abordar com um viés quase esperançoso alguns temas bastante delicados. O próprio Dallas descreve o disco como uma forma que ele encontrou de navegar sua tristeza pela perda de um amigo querido, o produtor Karl Bareham, que faleceu repentinamente em um acidente de mergulho.

Apesar da perspectiva mais positiva, é impossível não se emocionar com faixas como “Meant to Be” e “Fucked It Up”, que já despontam entre as fundamentais da carreira de Green.

Foo Fighters – But Here We Are

A expectativa era enorme para ouvir o novo disco do Foo Fighters. Afinal de contas, o que esperar da banda que perdeu há pouco um de seus integrantes mais importantes? No fim, But Here We Are é uma excelente homenagem a Taylor Hawkins e também à mãe de Dave Grohl, Virginia, mas vai muito além disso.

Em alguns momentos, o álbum remete aos trabalhos do passado dos Foos, que ajudaram a consagrar Dave como vocalista e guitarrista depois do sucesso como baterista no Nirvana.

“Rescued” e “Under You” são ótimos exemplos disso, mas não acaba por aí: o trabalho vai do Rock Clássico em faixas como “Beyond Me” até o Emo que vai te levar às lágrimas em “Rest”, passando também pelo Shoegaze em “Show Me How” e o Rock Progressivo na épica “The Teacher”, mostrando que não houve filtro para as ideias e a criatividade fluiu como nunca.

But Here We Are desponta como um dos grandes candidatos a disco do ano, não apenas por sua sonoridade mas também por toda a gama de emoções que está contida no álbum.

Geese – 3D Country

Já pensou se uma banda Indie resolvesse trazer elementos de Blues e Country sem qualquer restrição? Basta dar o play em 3D Country, novo disco do Geese, e você vai se surpreender ao perceber como essa mistura pode funcionar melhor do que o esperado.

A banda do Brooklyn já vinha despontando como nova queridinha do cenário com singles como “I See Myself” e, agora que o álbum completo foi lançado, a expectativa é de que o Geese passe a figurar em diversos grandes line-ups por aí.

Afinal de contas, em um tempo onde é tão difícil encontrarmos coisas genuinamente novas para ouvir, o quinteto se destaca por fazer isso de forma tão natural.

In Flames – Foregone

O In Flames é uma daquelas bandas que atinge um nicho muito específico, sendo talvez a maior representante mundial do Death Metal Melódico. Por isso, se você ainda não deu uma chance ou nunca nem ouviu falar do gênero, Foregone é uma pedida certa para te iniciar.

Aqui, os suecos recuperam a melhor forma da carreira depois de períodos turbulentos, e o próprio nome do gênero é a melhor descrição possível para o que o grupo oferece no álbum.

Músicas como “State of Slow Decay” e “The Great Deceiver” são pedradas do início ao fim, mas também exploram belas melodias de guitarra e até ocasionalmente da voz, que é muito mais marcada pelos vocais gritados do que pelos cantados, deixando para trás a priorização de refrães grudentos e explorando uma sonoridade um pouco mais experimental.

KAYTRAMINÉ – KAYTRAMINÉ

Uma das grandes surpresas do ano é o disco KAYTRAMINÉ, parceria entre dois grandes nomes do novo Hip Hop: KAYTRANADA e Aminé. Os dois estouraram mais ou menos ao mesmo tempo e, agora juntos, oferecem uma overdose de groove aos ouvintes em faixas como “letstalkaboutit” e “4EVA”, que conta inclusive com produção de Pharrell Williams.

KAYTRAMINÉ soa como uma evolução natural da vertente mais Funk e Soul do Hip Hop, como se a dupla pegasse tudo que há de bom em projetos dos Neptunes e de Timbaland e se colocasse como representante dessa sonoridade na nova era do gênero. Além disso, conta com feats incríveis de Big Sean, Freddie Gibbs e até mesmo do lendário Snoop Dogg, que aparece em “EYE”.

Lil Uzi Vert – Pink Tape

Com 26 músicas, Pink Tape é um disco de extremos. Por mais que Lil Uzi Vert tenha errado feio com uma versão bizarra que tentou transformar “Chop Suey”, do System of a Down, em Trap, o rapper acerta e muito quando traz feats com Bring Me the Horizon e BABYMETAL para explorar o Metal.

Pois é: desafiando todos os limites de gênero, um dos maiores ícones do Trap e do Emo Rap tem se levado por caminhos mais pesados, com clara influência de Deftones e afins.

O que torna tudo mais interessante é que Pink Tape também conta com bons momentos dentro da sonoridade mais tradicional de Uzi, como as parcerias com Nicki Minaj, Travis Scott e Don Toliver, além de faixas como “Mama I’m Sorry” que parecem unir o melhor dos dois mundos.

Metallica – 72 Seasons

Um dos álbuns mais aguardados de 2023 era 72 Seasons, o novo do Metallica, e podemos dizer que a espera valeu a pena.

Se em seus trabalhos mais recentes a banda de James Hetfield vinha dividindo opiniões, é quase consenso que o novo disco entra próximo dos melhores da carreira, remetendo bastante às origens do grupo e resgatando uma sonoridade bem mais ligada ao Thrash Metal.

O segredo é fazer tudo isso sem soar como cover de si mesmo, e é exatamente o que o Metallica consegue realizar aqui.

Músicas como a faixa-título, “Lux Æterna” e “If Darkness Had a Son” incorporam elementos que vão desde a estreia com Kill ‘em All até a pegada mais progressiva trazida em Master of Puppets e …And Justice for All, e soam quase como uma evolução natural da discografia do Metallica da era Cliff Burton.

Paramore – This Is Why

Quem segue esperando o Paramore voltar às suas origens Pop Punk vai seguir se decepcionando, e isso não poderia ser melhor para quem tem a cabeça aberta para acompanhar a nova fase da banda.

This Is Why dá continuidade à experimentação que teve início de forma mais efusiva em Hard Times, e mostra o grupo de Hayley Williams se aproximando de gêneros que pareciam distantes, como a New Wave e o Post-Punk.

Além de tudo, há uma clara influência de nomes do Indie como Bloc Party e afins, gerando uma sonoridade única que faz ótimo uso da voz de Hayley para manter a identidade própria do Paramore. Discasso!

Queens of the Stone Age – In Times New Roman…

Depois de dividir opiniões com Villains, o Queens of the Stone Age voltou a ser praticamente unanimidade em In Times New Roman…, muito graças ao retorno à forma mais clássica.

Em canções como “Paper Machete” e “Negative Space”, temos Josh Homme e companhia mostrando o que fazem de melhor, sem se preocupar tanto com inovações e focando em uma expressividade que soa honesta e necessária, ainda mais dados todos os últimos episódios da vida de Homme.

Ainda assim, sobrou espaço para experimentações. Elas vão desde a sensualidade obscura que passa por faixas como “Carnavoyeur” até a pegada mais Rockabilly que foi explorada no divisivo trabalho anterior; dessa vez, no entanto, músicas como “Time & Place” e “What the Peephole Say” soam como versões mais maduras da sonoridade que o QOTSA tentou trazer há alguns anos.

Sleep Token – Take Me Back to Eden

Mais uma banda pesada na lista, o Sleep Token é o clássico caso de um sucesso quase inexplicável. Já com uma certa trajetória, a misteriosa banda com integrantes não identificados se tornou viral no TikTok graças a canções como “The Summoning”, que une elementos do Metal com influências do Jazz, Funk e muito mais.

No disco Take Me Back to Eden, que abriga a música em questão, o grupo faz isso de forma ainda mais efusiva, indo do Pop em “DYWTYLM” até o extremo mais pesado em “Vore”.

Ainda mais inexplicável é o alcance do Sleep Token com músicas de longa duração: algumas das faixas mais aclamadas pelo público são a faixa-título e “Ascensionism”, ambas com mais de 7 minutos.

Nesse tempo, as canções evocam diversas emoções no ouvinte, incorporando sonoridades do Rap, Trap, Pop e muito mais em meio às explosivas guitarras que vão fazer tremer seus ouvidos. Um som único, sem dúvidas!

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