Titãs: no Som Brasil, Arnaldo Antunes compara governo Bolsonaro com período da ditadura

Os Titãs fizeram uma reflexão sobre a atemporalidade das letras de suas músicas ao participarem do programa Som Brasil, que foi exibido na última quarta-feira (19) na Rede Globo.

Enquanto Pedro Bial revisitava a trajetória da lendária banda de rock brasileira ao lado dos músicos, Arnaldo Antunes comentou sobre a similaridade entre assuntos abordados em faixas dos anos 80 e situações que ocorrem no país atualmente. Ao falar sobre as obras, o cantor declarou:

Os Titãs começaram no finalzinho da ditadura, e agora este reencontro acontece depois que a gente está saindo desse período de quatro anos do Governo Bolsonaro, que é uma sensação parecida de você estar retomando várias causas que devem ser interrelacionadas.

Acho que a defesa da cultura, a defesa por uma menor desigualdade social, uma defesa do meio ambiente, com a defesa por uma polícia menos violenta, com a defesa da diversidade… Todas essas coisas que, na época da ditadura, de certa forma tinham sido reprimidas, nesses últimos quatro anos foram áreas muito atacadas. Então, eu achei essa coincidência simbólica.

Após o comentário de Antunes, o programa exibiu um trecho do grupo durante a turnê Titãs Encontro apresentando a música “Comida”, que integra seu elogiado quarto disco de estúdio Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas, lançado cerca de dois anos após o fim da ditadura militar no Brasil.

Nas redes sociais, a fala de Arnaldo foi elogiada por vários internautas. Porém, como era de se esperar, pessoas mais conservadoras não concordaram com os elogios e criticaram a comparação feita pelo músico, pedindo inclusive o boicote aos shows da reunião dos Titãs.

Veja alguns comentários das redes sociais, bem como a fala de Arnaldo, ao final da matéria!