Bring Me The Horizon, Nothing But Thieves e a poderosa nova onda do Rock britânico

Liderada por Bring Me The Horizon e Nothing But Thieves, a nova onda do Rock britânico vem se destacando com grandes nomes de diversos subgêneros.

Bring Me The Horizon, Nothing But Thieves e o novo Rock britânico
Fotos: Reprodução/Spotify e Beatriz Oliveira

O Rock britânico sempre foi uma entidade à parte. Quando se fala do gênero, por mais que bandas dos Estados Unidos, do Brasil e de outros países venham à mente, é quase inevitável que os maiores nomes são da pequena ilha na Europa: The BeatlesThe Rolling StonesThe Who, e por aí vai.

Passados tantos anos desde que esses grupos surgiram, com alguns ainda na ativa e outros nem tanto, o Reino Unido teve seus altos e baixos na música. Os anos 80, por exemplo, viram majoritariamente bandas dos EUA ganhando popularidade com seu Hard Rock e Glam Rock, mas a década seguinte renovou a popularidade dos britânicos com o Britpop.

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Dali pra frente, o território ficou cada vez mais conhecido por seus grupos mais ligados ao Indie, que remetiam também ao sucesso do Punk e de outros movimentos capazes de digerir o Rock de uma maneira diferente. Hoje em dia não é diferente, com alguns dos nomes mais empolgantes da cena mundial saindo de lá.

Para celebrar a reta final do Mês do Rock, o TMDQA! separou 5 bandas que vêm fazendo um ótimo trabalho de manter vivo o legado iniciado há tantas décadas por lendas do gênero no Reino Unido. Conheça a seguir 5 grupos britânicos que estão conquistando — ou já conquistaram — o mundo!

Bring Me The Horizon

Divulgação

Falar do Rock no cenário atual é falar do Bring Me The Horizon e da sua capacidade fenomenal de somar referências e influências. Começando no underground com uma sonoridade mais Deathcore, a banda foi pouco a pouco cavando sua chegada ao mainstream e deixando seu som mais palatável, sem perder a identidade mesmo com tantas experimentações no meio do caminho.

Em amo (2019), por exemplo, é possível ver breakdowns pesados na mesma medida em que se percebe sintetizadores e melodias Pop. De lá pra cá, o BMTH vem retomando ainda mais elementos de sua pegada mais antiga, revivendo influências do Metal pesado e do Thrash e somando-as com suas próprias inovações parar criar um jeito único de fazer Rock.

Tudo isso, aliás, será ainda mais visível quando o novo disco POST HUMAN: NeX GEn for lançado no próximo dia 15 de Setembro.

Nothing But Thieves

É sempre injusto comparar bandas, mas é bastante difícil não enxergar no Nothing But Thieves uma versão mais moderna do Muse com uma pegada mais voltada ao Indie Rock. Quando estreou com seu disco autointitulado em 2015, o grupo já teve algum sucesso com músicas como “Trip Switch” e “Ban All the Music”, ambas mostrando o poder da guitarra de formas diferentes.

Com o tempo, o NBT foi incorporando cada vez mais sonoridades diversas à sua gama de influências e veio se tornando uma referência de como unir elementos digitais e eletrônicos ao groove e potência do Rock.

Tudo isso culmina no novo álbum Dead Club City, que crava a identidade própria da banda de uma vez por todas sem perder aquilo que os fez se destacar no início, além de trazer um resgate muitíssimo bem feito de sons dos anos 80.

Circa Waves

Como falamos acima, o Indie se tornou parte integral da sonoridade que se espera do Rock britânico nas últimas décadas. Em tempos recentes, o Circa Waves é um dos maiores representantes de como essa cena evoluiu, com alguns discos pra lá de interessantes em seus 10 anos de carreira.

A banda já conquistou alguns hits como “T-Shirt Weather” e, mais recentemente, conseguiu incorporar uma pegada mais melancólica em seu som no ótimo disco Sad Happy (2020). Neste ano, o grupo lançou o álbum Never Going Under.

Loathe

Divulgação

Voltando à cena mais pesada, o Loathe tem chamado muita atenção nos últimos anos por resgatar uma pegada que ficou bastante conhecida com o Deftones. Unindo o peso e groove do Nu Metal com uma atmosfera mais etérea que envolve o ouvinte do começo ao fim, a banda tem sucessos como “Two-Way Mirror” que soam ao mesmo tempo tão atuais quanto saídos diretamente dos anos 2000.

Por outro lado, também entregam verdadeiras pedradas como em “Aggressive Evolution”, que incorpora também influências de gêneros mais modernos como o Djent. O último disco foi The Things They Believe (2021) e a expectativa é de mais alguns ótimos trabalhos no futuro!

Los Bitchos

Foto por Tom Mitchell

Nome mais recente a chamar atenção nessa lista, o quarteto Los Bitchos é na verdade um símbolo da pluralidade cultural britânica: das quatro integrantes, apenas uma é de fato inglesa, a baterista Nic Crawshaw. De resto, Serra Petale (guitarra) é australiana, Josefine Jonnson (baixo) é sueca e Agustina Ruiz (keytar) é uruguaia, o que naturalmente gera uma sonoridade tão diversa quanto essa escalação.

Em seu disco de estreia, Let the Festivities Begin!, as artistas se recusam a caber em uma única caixinha e navegam por diferentes influências que incorporam elementos de gêneros às vezes bem distantes do Rock, mas sem perder a identidade sonora. Neste ano, já lançaram o EP de covers PAH! e seguimos na expectativa por mais lançamentos!

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