A gente te contou aqui que Corey Taylor, vocalista do Slipknot, conversou com o TMDQA! para falar de seu novo disco solo, CMF2, e também sobre outros assuntos relacionados a sua carreira.
Um deles foi o fato da banda de Metal ter se desassociado da gravadora Roadrunner após tantos anos, enquanto Corey recentemente assinou contrato com a BMG para gerir sua carreira individual.
Em sua análise, Taylor sugeriu que não compactua com as práticas negativas às quais muitas gravadoras, como a Roadrunner, ainda estão sujeitas e enalteceu sua relação atual com a BMG:
Cara, em relação à carreira solo, a coisa mais legal de estar com a BMG é finalmente estar com uma gravadora que sente tanta paixão por isso quanto eu. Eu não sentia isso há muito tempo, desde os primórdios da Roadrunner.
Aquela gravadora teve tantas mudanças — para pior, na minha visão — que meio que destruíram o próprio legado do que ela deveria ser. Então, chegar na BMG onde eles querem ter certeza de que estão fazendo de tudo para espalhar a palavra e querem trabalhar de mãos dadas com você, porque eles estão tão empolgados quanto você sobre lançar isso ao mundo e porque eles não fazem questão de esconder essa paixão por isso, é algo tão refrescante. Definitivamente pareceu como uma volta pra casa, de um jeito estranho.
Sabe, tipo, foi como se eu tivesse dado a volta completa de um jeito esquisito, especialmente no sentido de me darem a oportunidade de ter o meu próprio selo, me darem a oportunidade de lançar coisas que podem ou não ser lançadas por mim. Pra mim, isso é enorme. Me faz ficar bem empolgado com o futuro desse trabalho.
Vale lembrar que CMF2 tem previsão de estreia para 15 de Setembro e você pode ouvir os dois singles já lançados, “Beyond” e “Post Traumatic Blues”, ao final da matéria.
Corey Taylor fala sobre fim da parceria do Slipknot com gravadora
Em 2022, o Slipknot interrompeu a parceria com a Roadrunner que já durava 22 anos. Contrastando com sua visão atual em relação à BMG, Corey afirmou que, sem a intromissão do selo, enxerga o futuro do grupo com muito mais possibilidades:
Com relação ao Slipknot, a melhor coisa do Slipknot é que, por conta da situação da Roadrunner, ao longo dos anos nós tivemos que criar, de diversas formas, todos esses departamentos diferentes que preencheram as lacunas do que a Roadrunner estava deixando a desejar naquele momento, ao ponto de que a gente só ia na Roadrunner pra pedir dinheiro.
Era tipo, ‘De acordo com o nosso contrato, vocês nos devem isso; só nos paguem e a gente vai fazer o resto’, porque eles faziam muito pouco. E, pra mim, por termos tido que preencher essas lacunas, isso criou uma oportunidade pra nós no sentido de que, agora que estamos fora da gravadora e meio que por conta própria, o futuro realmente está bem aberto para nós.
De acordo com o músico, não existem mais “filtros” e o Slipknot se sente à vontade para tomar as rédeas de seus próximos projetos:
Hoje temos o luxo de poder dizer, ‘Beleza, vamos seguir em frente sozinhos? Vamos lançar só digitalmente? Ou procuramos empresas que vão, sabe, nos oferecer as estruturas físicas desde que a gente retenha os direitos?’. É meio que uma carta branca nesse momento, nós podemos escolher o que quisermos e seguir em frente, e isso é algo que nós sempre quisemos fazer, desde o primeiro dia.
A melhor coisa é que não há nenhuma resposta errada, sabe? A gente pode realmente se concentrar na questão da criatividade, em fazer algo sensacional para o mundo. E não há nenhum filtro de merda pelo qual a gente tenha que se preocupar em passar, não há necessidade de navegar um sistema que foi desenhado desde sempre para ser contra nós. É muito libertador de diversas formas, poder andar com as próprias pernas e dizer, ‘Ok, o futuro realmente está à nossa disposição, e nós vamos fazer o que quisermos fazer’.
Bom para eles! Em tempo, a entrevista completa do TMDQA! com Corey Taylor será divulgada muito em breve.
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