Hayley Williams não ficou calada ao ser criticada por internautas depois de ter adiado shows do Paramore para se recuperar de uma infecção pulmonar.
No último domingo (30), a artista rebateu alguns fãs de bandas como Iron Maiden, Metallica e Foo Fighters que comentaram de forma irônica sobre o texto em que ela fez uma reflexão sobre o impacto da idade em longas turnês como a do novo disco This Is Why, como te contamos com mais detalhes aqui.
Além disso, a cantora compartilhou um texto falando sobre o sexismo e a discriminação que as mulheres enfrentam na música, apontando que é atacada desde 2005 e alfinetou aqueles que acreditam que grandes lendas do Rock podem ter algo contra mulheres comandando uma banda, como é o seu caso no Paramore.
Ela ainda deixou claro que a culpa não é das bandas em si e declarou que a grande maioria delas não concorda com os posicionamentos destes fãs, destacando inclusive que vários integrantes destas bandas costumam ver shows do seu grupo:
Os ‘bros’ da internet têm se sentido pressionados pela minha proximidade com o Rock e seus subgêneros desde 2005. A única coisa que mudou é a plataforma em que eles vomitam ignorância.
Não pense por um segundo que suas bandas favoritas – de Metal ou Punk ou outra coisa – apoiam sua merda de estilo de vida incel.
Muitas dessas bandas já viram nossos shows ao lado do palco e sempre nos tratam com respeito. Por quê? Porque eles não se sentem ameaçados por uma mulher na frente de uma banda ótima em um gênero completamente diferente de música.
De fato, como você pode ver ao final da matéria, Dave Grohl inclusive convidou Hayley recentemente para participar de uma performance de “My Hero”. Difícil discordar, né?
Hayley Williams critica sexistas da internet
O termo “incel”, citado por Hayley Williams, se refere a uma subcultura virtual que, segundo a cientista política Bruna Camilo, conseguiu se infiltrar em grupos masculinos que pregam ódio às mulheres. Para ela, o termo pode ser descrito da seguinte forma (via g1):
Autointitulados ‘celibatários involuntários’, culpam as mulheres por não conseguirem ter relações sexuais e endossam violência contra qualquer grupo sexualmente ativo, inclusive contra comunidades LGBTQIA+.
A Southern Poverty Law Center, organização americana sem fins lucrativos, descreveu a subcultura incel como “parte do ecossistema supremacista masculino virtual” e destacou que ela está inclusa na sua lista de grupos de ódio.
Camilo também aponta que os conteúdos disseminados entre os grupos marcados pela misoginia muitas vezes são disfarçados de autoajuda.