Música

Corey Taylor fala sobre importância do Sepultura para o Slipknot

Mistura de Metal com ritmos brasileiros do disco "Roots", do Sepultura, fez com que Corey Taylor encontrasse sonoridade para início do Slipknot.

Corey Taylor revela importância de álbum do Sepultura para o Slipknot
Imagens: Divulgação

Quem acompanha o Rock brasileiro sabe da importância do Sepultura para o Metal mundial, com fãs que vão desde Dave Grohl, do Foo Fighters, até Corey Taylor. Em entrevista exclusiva ao TMDQA!, o vocalista do Slipknot declarou seu amor pelo álbum Roots, de 1996.

O disco gravado por Max Cavalera, Igor Cavalera, Andreas Kisser e Paulo Jr. causou não apenas admiração, mas também inspiração para o primeiro trabalho do Slipknot, lançado apenas três anos depois.

Segundo Corey Taylor, contar com o produtor Ross Robinson – o mesmo de Roots – nos álbuns Slipknot (1999) e Iowa (2001) foi “a chave” para que a banda encontrasse a sonoridade que desejava:

Cara, esse álbum [‘Roots’]… tem algo tão visceral e tão grosso nesse álbum, sabe? Foi um dos primeiros discos que eu ouvi que realmente me fez pensar, ‘Porra, cara, algum dia eu quero gravar um álbum que tenha essa sonoridade’. E aí, obviamente, trabalhar com o Ross [Robinson, produtor de ‘Roots’ e dos dois primeiros discos do Slipknot] foi meio que a chave pra gente. Mas esse álbum, cara… é tão pesado e é tão feroz, você quase consegue ouvir o sangue na garganta do Max [Cavalera], pelo amor de Deus!

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Corey Taylor e o Sepultura

O vocalista do Slipknot já chegou a colocar o disco Roots como Top 10 de preferidos da vida exatamente pela medida certa de agressividade, belas melodias e ritmos “groovados”.

Corey Taylor também citou os dois álbuns anteriores do Sepultura, Arise (1991) e Chaos A.D. (1993), mas disse acreditar que a banda brasileira se transformou em 1996.

Para o vocalista, os elementos tipicamente brasileiros que aparecem no álbum, como o berimbau e as percussões usadas por Carlinhos Brown em “Ratamahatta”, são o grande diferencial de Roots:

É definitivamente o disco que cimentou o meu amor pelo Sepultura, porque obviamente eu já curtia eles desde o ‘Arise’ e só observei como eles se transformaram completamente em outra coisa. Tipo, eles começaram quase que como uma banda de metal técnico, e aí assisti-los construírem a própria trajetória passando pelo ‘Chaos A.D.’ e depois chegando no ‘Roots’, que foi a pura culminação de riffs absolutamente nojentos e, o que eu acho que as pessoas deixam passar despercebido às vezes, o groove que veio nesse álbum. Sabe, ele te faz querer dançar, querer bater cabeça, querer gritar, querer pegar uma bateria e tocar junto!

É um álbum bonito pra caralho e eu amo o fato de que também é uma valorização sensacional da cultura deles, de vocês, da música brasileira. É demais como eles foram capazes de pegar isso e criar algo realmente incrível que nunca tinha sido feito antes, na minha opinião.

O papo completo que o TMDQA! teve com Corey Taylor será disponibilizado aqui em breve, mas você pode conferir o trecho em vídeo dessa fala clicando aqui ou logo abaixo. Fique ligado!

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Disco solo e Slipknot

Vale lembrar que o cantor está preparando seu segundo disco solo, CMF2, para 15 de setembro, e ele já prometeu que será o melhor álbum de Rock “dos próximos dois anos”. Por enquanto, você pode ouvir os singles “Beyond” e “Post Traumatic Blues” logo abaixo.

O último trabalho do Slipknot é The End, So Far, de 2022.

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