Fazer sucesso na música com um projeto é algo bem difícil e um sonho de muitos. Não é segredo que, para isso acontecer, é necessário que uma série de fatores se alinhem e tudo trabalhe a favor dos artistas, já que estamos falando de uma porcentagem minúscula dos talentosos músicos ao redor do mundo.
Mas e quando o sucesso vem duas vezes ou até mais? A situação parece surreal, mas diversos grandes nomes da música nacional e internacional comprovaram seus potenciais mais de uma vez através de projetos paralelos que foram tão bem-sucedidos quanto os seus principais, seja com uma carreira solo ou uma nova banda que explora outra direção sonora.
Nesta lista, confira 10 artistas que conquistaram tanto sucesso — seja em questão de números ou de aclamação — com seus projetos paralelos quanto com os principais!
10 artistas com projetos paralelos tão bem-sucedidos quanto os principais
Arnaldo Antunes (Titãs, Tribalistas, carreira solo)
Um dos artistas mais plurais da música brasileira, Arnaldo Antunes começou sua trajetória com os Titãs ali no início dos anos 80. Depois de passar cerca de uma década no grupo, se desligou da banda por divergências musicais e seguiu por caminhos bem diferentes em sua bem-sucedida carreira solo, que estreou em 1993 com o disco Nome.
Em 2002, viria a ser ainda mais aclamado com um segundo projeto: os Tribalistas, ao lado de Marisa Monte e Carlinhos Brown.
Ben Gibbard (Death Cab for Cutie, The Postal Service)
Ben Gibbard tem uma história curiosa. Isso porque, apesar de não ter exatamente uma carreira solo, o Death Cab for Cutie começou como um projeto com apenas o vocalista e guitarrista; com o tempo, a banda foi formada e lançou dez discos completos, além de uma demo.
No meio tempo, fundou o The Postal Service ao lado de Jimmy Tamborello, recrutando a vocalista Jenny Lewis (Rilo Kiley) e conseguindo um sucesso estrondoso com o single “Such Great Heights”, que virou uma espécie de one-hit wonder e se tornou mais famoso do que qualquer canção do DCFC.
Damon Albarn (Blur, Gorillaz)
Ícone do Britpop com o Blur, Damon Albarn resolveu seguir por um caminho bem diferente quando fundou o Gorillaz. A banda virtual “escondeu” a identidade de Damon de muita gente, que se foi descobrir que o vocalista dos dois grupos era o mesmo vários anos depois.
Em questão de sonoridade, é claro, o Gorillaz está bem distante do Britpop que popularizou Albarn. Com mais influência do Hip Hop e uma constante busca pela inovação, o projeto se tornou absurdamente mais popular do que o Blur, ainda que ambos sejam enormes em questão de influência.
Jack White (The White Stripes, The Raconteurs, carreira solo)
Até pelo sobrenome, Jack White é sempre associado ao seu incrível trabalho com o The White Stripes, projeto ao lado de Meg White. Mesmo durante os melhores anos da banda, no entanto, Jack também encontrou espaço para outras empreitadas, tendo sucesso com o The Raconteurs.
Depois que finalizou a trajetória de sua banda principal, ao menos até o momento, com o disco Icky Thump (2007), Jack apostou no The Dead Weather antes de finalmente chegar em sua carreira solo, que estreou em 2012 com o aclamado Blunderbuss e segue firme até hoje.
Josh Homme (Queens of the Stone Age, Them Crooked Vultures)
O Them Crooked Vultures é um dos maiores supergrupos de todos os tempos, mas ainda assim seria um exagero da nossa parte colocá-lo no mesmo patamar de Foo Fighters e principalmente Led Zeppelin, bandas dos integrantes Dave Grohl e John Paul Jones.
No entanto, é bastante possível afirmar que o TCV está no mesmo patamar do Queens of the Stone Age, banda de seu vocalista e guitarrista Josh Homme. Aliás, vale ressaltar que Josh também teve um bem-sucedido projeto anterior ao QOTSA, o influente Kyuss, e é conhecido por diversas outras empreitadas como as Desert Sessions e o Eagles of Death Metal.
Ozzy Osbourne (Black Sabbath, carreira solo)
É difícil pensar em um artista ou banda que seja do tamanho do Black Sabbath, uma das bandas mais importantes da história. Curiosamente, um dos poucos que talvez caiba nessa afirmação é justamente o próprio Ozzy Osbourne, que conseguiu ter uma carreira solo gigantesca após deixar o grupo.
Aliás, mesmo dentro de sua carreira solo, Ozzy tem uma trajetória com diversos momentos marcantes: o início com Randy Rhoads, “Crazy Train” e “Mr. Crowley”, passando pela parceria sensacional com Zakk Wylde durante vários anos que rendeu clássicos como “No More Tears” e “Mama, I’m Coming Home” e até os anos mais recentes, onde tem se reinventado e trazido parcerias com nomes como Post Malone.
https://www.youtube.com/watch?v=5s7_WbiR79E
Rodrigo Amarante (Los Hermanos, Little Joy, carreira solo)
Voltando ao Brasil, Rodrigo Amarante é um dos nomes mais interessantes para o conceito dessa lista. Isso porque é indiscutível que ele teve seus maiores sucessos como parte do Los Hermanos, mas ao mesmo tempo tem uma carreira solo de notável influência, inclusive fora do país, e teve no Little Joy um projeto bastante inusitado e sensacional.
Este último, para quem não está familiarizado, foi formado por Amarante ao lado de Fabrizio Moretti, baterista brasileiro do The Strokes, e Binki Shapiro. Tendo lançado um único disco, a banda marcou uma geração e se marcou para sempre na história do Indie Rock nacional.
Swae Lee (Rae Sremmurd, carreira solo)
Para sair um pouco do Rock, o Rap também é um gênero onde diversos projetos paralelos deram certo. Um exemplo mais recente e bem interessante é o do jovem Swae Lee, que estourou com o duo Rae Sremmurd ao lado do irmão, Slim Jxmmi, antes de abraçar uma carreira solo muito bem-sucedida.
Com a dupla, conquistou o topo das paradas através do mega hit “Black Beatles”; com seu projeto solo, já esteve em diversas músicas de muito sucesso, como “Sunflower”, faixa do filme Homem-Aranha no Aranhaverso gravada ao lado de Post Malone.
Thom Yorke e Jonny Greenwood (Radiohead, The Smile)
A influência e sucesso de Thom Yorke e Jonny Greenwood com o Radiohead é algo que muito provavelmente será inigualável até mesmo para projetos envolvendo a dupla, que já se aventurou por diversas direções musicais.
Nos últimos anos, entretanto, o The Smile tem despontado como o novo foco da dupla e conquistado bastante espaço não apenas entre fãs mais fervorosos dos artistas em questão, como também até daqueles que não são muito conectados à banda — diferente do que aconteceu anteriormente com projetos como o Atoms for Peace, por exemplo.
Tim Bernardes (O Terno, carreira solo)
Fechamos a lista com a presença de mais um brasileiro, que também tem se mostrado gigante em influência nos anos recentes. Depois de um começo de trajetória de muito sucesso com O Terno, o vocalista e guitarrista Tim Bernardes deu o primeiro passo de uma carreira solo em 2017, com o álbum Recomeçar.
Naquele momento, era claro que O Terno ainda era o foco principal. Depois do lançamento de atrás/além, em 2019, Tim abraçou uma nova fase na carreira solo e acertou em cheio com Mil Coisas Invisíveis, de 2022, que lhe deu um destaque no mínimo comparável ao que teve com a própria banda. O futuro promete!
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