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10 músicas que definiram a carreira do Deftones

Com uma das carreiras mais únicas da música, o Deftones tem uma trajetória especial que pode ser entendida a partir de 10 músicas selecionadas pelo TMDQA!.

Deftones sem Sergio Vega
Divulgação

Nos últimos tempos, o Deftones tem se tornado uma das bandas mais faladas nas redes sociais por um motivo super interessante: a sua popularização entre a nova geração, não apenas nos EUA como em outros lugares do mundo, inclusive o Brasil.

Como te contamos nesta matéria, números recentes colocam o grupo de Chino Moreno à frente de nomes clássicos do Rock e Metal, como QueenMetallica Nirvana. Os dados só comprovam relatos que têm surgido na internet de que os jovens estão “viciados” em Deftones, e também em outros grupos da época como Smashing PumpkinsKoRn e até Alice in Chains.

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Pensando em quem está começando a conhecer a banda agora, o TMDQA! separou 10 músicas que definem bem a trajetória do Deftones e que vão ajudar os iniciantes a entender essa história tão única para além de músicas como “Cherry Waves”, que viralizou no TikTok e ajudou a embalar este novo fenômeno.

Confira a seguir!

“Bored” (Adrenaline, 1995)

Em seu disco de estreia, Adrenaline, o Deftones ainda não tinha uma identidade própria bem definida. Apesar disso, a música de abertura do trabalho, “Bored”, já dava sinais do que viria a ser a vasta gama de sonoridades exploradas pelo grupo.

Os primeiros segundos já mostram a principal dualidade da banda: fã de Heavy Metal, o guitarrista Stephen Carpenter abre o álbum com um riff a la Thrash Metal, enquanto Chino Moreno nos agracia com vocais que demonstram a sua influência mais ligada a nomes de Post-Punk e New Wave, como Depeche Mode e The Cure.

“My Own Summer (Shove It)” (Around the Fur, 1997)

Dois anos depois de seu disco de estreia, o Deftones daria um passo gigantesco na carreira com o lançamento de Around the Fur. O álbum de 1997 foi revolucionário e importante para que os caras não ficassem para sempre presos sob o rótulo de Nu Metal, algo que eles conseguiram através da inserção de referências de gêneros como o Shoegaze.

“My Own Summer (Shove It)” é um ótimo exemplo disso, destacando também a sensualidade que viria a se tornar marca registrada da carreira da banda através de um ritmo cadenciado ditado pelo baixista Chi Cheng e pelo baterista Abe Cunningham.

“Be Quiet and Drive (Far Away)” (Around the Fur, 1997)

Ainda em Around the Fur, outro grande ponto alto da carreira da banda é “Be Quiet and Drive (Far Away)”. Aqui, o Deftones exibe a influência do Rock Alternativo e passa a se encaixar como uma luva ao lado de bandas como o já citado Smashing Pumpkins, surfando também na onda de popularidade da MTV na época.

A letra simples também abre espaço para a performance vocal incrível de Chino Moreno, que vai de gritos agressivos a melodias etéreas e cria uma atmosfera única, que também se tornaria marca registrada do grupo.

“Passenger” (White Pony, 2000)

Apesar de não ser nem de longe a música mais famosa do icônico White Pony, “Passenger” tem um papel fundamental na carreira do Deftones. A faixa conta com a participação de Maynard James Keenan, vocalista do TOOL, banda que foi uma das maiores influências para a concepção do álbum em questão.

Mais do que isso, no entanto, demonstrou também um movimento do grupo em se afastar da cena Nu Metal. Enquanto Max Cavalera, que à época estava bombando com o Soulfly, participou de “Headup” no disco anterior, a escolha de Maynard aproxima Chino e companhia de uma sonoridade mais progressiva, se recusando a aceitar o rótulo de ser “só mais uma banda” daquela geração.

“Change (In the House of Flies)” (White Pony, 2000)

“Change (In the House of Flies)” viria a se transformar em um dos maiores hits da banda, mas não é (só) por isso que a música aparece aqui. A canção é uma das grandes responsáveis por fazer com que o grupo tenha escrito White Pony, que passou a ser considerado a obra-prima dos caras.

De acordo com o vocalista Chino Moreno, “Change” foi o momento em que a chave virou para os integrantes e eles passaram a trabalhar mais em conjunto nas composições, o que ajudou na concepção de White Pony da forma como foi.

“Minerva” (Deftones, 2003)

Em seu trabalho autointitulado de 2003, o Deftones se arriscou novamente por direções diferentes. Elementos de gêneros como o Trip Hop passaram a marcar presença no som, e a mudança dividiu opiniões; o consenso, no entanto, aponta para “Minerva” como o auge deste momento da banda.

A música, que apresenta essa sonoridade renovada com uma influência mais forte do que nunca do Shoegaze, também serve para simbolizar o fim de uma era: o disco foi o último do grupo com a produção de Terry Date, que havia assinado todos até o momento, até 2020.

“Rocket Skates” (Diamond Eyes, 2010)

O ano de 2008 foi uma virada completa na vida dos integrantes do Deftones. Isso porque o baixista Chi Cheng sofreu um acidente e ficou vários anos em coma, vindo a falecer apenas em 2013; antes disso, Sergio Vega já havia assumido a vaga e marcado mais um ponto importante nessa trajetória, já que a banda anterior do baixista, o Quicksand, era colocada como influência pelo Deftones nos seus primórdios.

Em 2010, surgiu o primeiro produto dessa nova parceria. No disco Diamond Eyes, a banda parecia ter mudado completamente e passou a incorporar alguns elementos mais próximos do Metal, em parte pela influência do novo produtor Nick Raskulinecz, que tinha no currículo nomes como Stone Sour, Foo Fighters e Alice in Chains.

“Rocket Skates” é uma boa representação desta fase ao trazer um resgate de alguns dos momentos mais crus da banda lá em seu começo, sendo possível traçar uma comparação entre músicas como “7 Words” e esta. Mais ainda, também ganhou um remix do M83 que demonstra muito bem a versatilidade do grupo, capaz de navegar entre o peso e uma sonoridade atmosférica como nenhum outro.

“Sextape” (Diamond Eyes, 2010)

Falando em sonoridade envolvente, “Sextape” é quase diametralmente oposta à antecessora nesta lista. Dentro do mesmo álbum, a faixa exibia um lado totalmente diferente do grupo, apostando em uma pegada mais etérea e evocando a sensualidade já presente em músicas anteriores com mais força do que nunca.

Aqui, o Deftones mostrava que não estava apegado a uma única estética e não tinha problema nenhum em apostar em algo mais lento, muito mais dentro do Shoegaze do que qualquer outra coisa feita por eles até então.

“Tempest” (Koi no Yokan, 2012)

Com mais de seis minutos de duração, “Tempest” é uma música especial na carreira do Deftones. Um dos grandes méritos da banda sempre foi a habilidade de incluir diversas texturas em um mesmo álbum ou música, o que fica mais evidente do que nunca na ótima canção do disco Koi no Yokan, de 2012.

Aqui, os elementos de Shoegaze também se fazem presentes mas vão além, chegando até mesmo ao Dream Pop antes de abrir espaço para riffs pesados com influência de gêneros como Doom Metal. Tudo isso acontece em meio a uma das mais fortes letras da banda, que fala justamente sobre o suposto fim do mundo de 2012 (só quem viveu sabe!).

“Ohms” (Ohms, 2020)

Retomando a parceria com Terry Date, Ohms marcou também um incontestável retorno à forma para a banda depois de dividir opiniões com o antecessor Gore, de 2016. No trabalho de 2020, todas as influências dos anos anteriores se condensam em uma sonoridade que mostra uma nova perspectiva do que foi construído até então.

A faixa-título do disco é um ótimo exemplo, sendo comandada por um riff inusitado que dificilmente qualquer fã imaginaria ouvir dentro de uma música da banda e, ao mesmo tempo, passando por todos os elementos que constroem a sonoridade do Deftones. Um ótimo sinal para o futuro de que ainda mais coisas incríveis virão!