Apesar de grandes nomes da MPB estarem marcando forte presença nos festivais ao redor do Brasil nos últimos anos e vendo seus shows solo se esgotarem, o produtor e empresário João Marcello Bôscoli, filho da saudosa Elis Regina, acredita que o gênero não vive um momento de destaque.
Durante sua participação no Programa de Todos os Programas, do R7, o produtor compartilhou com Flavio Ricco e Gabi França sua percepção acerca da MPB no atual cenário musical:
Houve uma fragmentação muito grande da música. A gente tem uma média de 50 mil novas músicas subidas todos os dias, no mundo digital, o que equivale a 5.000 álbuns diariamente. Então há uma diversidade muito grande. A MPB, hoje, não vive um momento de destaque. Não tem um papel protagonista no cenário.
Bôscoli aponta que não é o caso de achar que a Música Popular Brasileira vai morrer em algum momento, mas descreve o que acredita que está acontecendo na indústria:
Acho que [a MPB nunca vai morrer]. O que eu vejo é uma saturação de alguns grandes gêneros. Não estou dizendo que a MPB esteja em queda. Mas ela não está num patamar que a gente já viu.
Em algum momento, ela perdeu o contato com as ruas, de maneira geral. Eu acho que as pessoas foram se isolando, perderam o pulso do público, o assunto, o tipo de conversa, as gírias, o estilo de vida.
E aí, concorda? Veja o vídeo da participação de João Marcello Bôscoli ao final da matéria.
“Versão 3D” de Elis Regina nos palcos
No mês passado, após a repercussão de um comercial de TV que contou com uma versão produzida por Inteligência Artificial de Elis Regina, João Marcello comentou sobre a possibilidade de usar o deepfake – tecnologia de aprendizado que permite manipular vídeos e áudios – para levar uma Elis Regina em 3D para os palcos.
O produtor afirmou respeitar a opinião de quem não gostou do comercial, mas confessou que considera ““extremamente positiva” a utilização de novas tecnologias para trazer à tona a obra de sua mãe. Saiba mais detalhes aqui.
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