Quando Billy McFarland, cocriador do Fyre Festival, anunciou em Maio que faria a segunda edição do fatídico evento que prometeu quase tudo aos pagantes e entregou praticamente nada, a gente mal pôde acreditar.
Agora, o empresário, libertado da prisão há pouco mais de um ano depois de fraudar investidores em 2017, afirmou em vídeo publicado no TikTok que os ingressos para o chamado “Fyre Fest 2.0” já estão à venda, apesar de ainda não haver line-up ou local anunciado.
Nos comentários, claro, muita gente tirou sarro da situação. Um internauta brincou: “Tirei o dia de folga só para ficar lendo o que a galera vai postar”. Outro também sacaneou Billy: “Aguardando o Fyre Fest 2 na Netflix”.
Ao contrário do que muitos pensariam, no entanto, os ingressos já estariam esgotados. Dá para acreditar?
Billy McFarland e o Fyre Festival
De acordo com a NME, McFarland disse que, para lançar a nova edição, ele enviou mensagens aos fundadores dos principais festivais do mundo no Instagram, mas foi praticamente ignorado nos últimos nove meses.
Em março deste ano, McFarland chegou a apresentar seus planos para reembolsar os US$26 milhões (quase R$130 milhões) que devia aos investidores pelo primeiro ano do festival.
Como falamos aqui, McFarland também prometeu que um musical da Broadway, baseado no festival que rendeu inúmeros processos, pode ser desenvolvido no futuro.
Bizarro! Confira a postagem do empresário ao final da matéria.
Relembre o caso do Fyre Festival
Billy foi libertado da prisão antes do tempo após cumprir quatro anos e ser condenado a pagar o valor de US$26 milhões citado acima a investidores. A pena inicial era de seis anos e McFarland se livrou do presídio por ter se declarado culpado das duas acusações às quais respondia.
Originalmente programado para durar dois finais de semana em uma praia particular nas Bahamas, o Fyre Fest se transformou de sonho em pesadelo para os participantes do evento.
O escândalo rendeu um documentário produzido pela Netflix, relatando a falsa promessa de trazer ao público instalações de luxo e a “experiência cultural da década”. Vale lembrar que teve gente que pagou até R$500 mil para encontrar tendas com colchões molhados e sanduíches de queijo frio, quando deveriam ter tido acesso à comida gourmet.
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