Prestes a lançar mais um filme cercado de muita expectativa, Martin Scorsese continua desiludido com os rumos da indústria cinematográfica dos Estados Unidos.
Um dos maiores diretores americanos de todos os tempos, o cineasta de 80 anos está promovendo Assassinos da Lua das Flores, drama estrelado por Leonardo DiCaprio que irá estrear em outubro.
Em entrevista à revista Time, Scorsese disse que existe atualmente uma “ética do blockbuster” que poderá levar ao fim do cinema como expressão pessoal e artística.
Relembrando seu início de carreira, o diretor pediu mais união em Hollywood e também entre o público, dizendo sentir falta de uma “cultura cinematográfica” entre os americanos:
Deveria ser uma cultura cinematográfica única, sabe? Mas no momento tudo está sendo fragmentado e quebrado em certo sentido. Sempre tivemos diferentes gêneros de filmes, mas quando eu estava crescendo as pessoas que amavam o cinema apenas iam. Nem todo mundo gostava de musicais, faroestes, filmes de gângsters ou noirs, mas naquela época a gente apenas ia ao cinema, e era isso que estava passando.
Concorda com essa percepção?
Martin Scorsese fala sobre pressão dos estúdios
Responsável por clássicos como Taxi Driver (1976), Os Bons Companheiros (1990) e O Lobo de Wall Street (2013), Martin Scorsese ainda afirmou que a pressão comercial dos estúdios está “mais brutal do que nunca”:
Pessoas jovens se expressando através de imagens móveis, eles vão descobrir uma forma de serem vistos. Mas eles terão que lutar, realmente lutar [para] não serem cooptados.
Assassinos da Lua das Flores recebeu uma chuva de elogios após ser exibido no Festival de Cannes, e estará em cartaz nos Estados Unidos a partir de 20 de outubro. O longa ainda está sem data de lançamento no Brasil.
Com Leonardo DiCaprio, Robert De Niro e Lily Gladstone, o filme acompanha o caso real de uma série de assassinatos na região de Osage Nation, em Oklahoma, depois que petróleo foi encontrado em terras ocupadas pelos indígenas. Veja o trailer abaixo!
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