As arrecadações globais da indústria da música vêm crescendo cada vez mais e atingiram um novo recorde de US$11,4 bilhões (R$60 bilhões) em 2022, de acordo com a organização comercial das sociedades de gestão coletiva CISAC.
A impressionante marca reflete um crescimento de 28% em relação a 2021, quando as receitas das apresentações ao vivo e também as digitais ainda eram prejudicadas pelos efeitos negativos da pandemia.
Os royalties cobrados pela execução pública de músicas tocadas em shows, por exemplo, aumentaram 185,7% com base em uma amostra de 100 sociedades, uma vez que diferentes organizações contabilizam as receitas ao seu próprio modo.
Principal mudança de faturamento foi no meio digital
Aliás, a verdadeira mudança está no digital, que vale agora US$4,3 bilhões (R$21,5 bilhões), um aumento de 33,5% em relação a 2021 e quase o dobro do seu valor em relação a 2019.
Como informou a Billboard, a categoria de TV e rádio, tradicionalmente a maior fonte de receita, ficou em segundo lugar logo atrás do digital, com US$3,55 bilhões (R$17,5 bilhões).
Pelos números serem de 2022, quando o mercado dos shows ao vivo ainda não tinha se recuperado totalmente, o próximo ano tem grandes chances de apresentar números ainda melhores.
Alguém duvida?
Mercado da música bate recorde em faturamento
O diretor-geral da CISAC, Gadi Oron, comemorou os resultados obtidos (via Billboard):
Este é um retorno notável ao crescimento, à medida que todo o nosso setor se recupera totalmente da desastrosa pandemia de três anos. Embora as performances ao vivo e públicas tenham se recuperado fortemente, a recuperação é impulsionada principalmente pelo digital, que agora se tornou a maior fonte de renda dos criadores.
Todos os dez principais mercados musicais aumentaram suas receitas, com uma taxa média de crescimento superior a 25%. Sem surpresas, a maior fatia do bolo fica com os Estados Unidos (aumento de 30,5%), seguido pela França, Reino Unido, Alemanha, Japão, Itália, Austrália, Canadá, Espanha e Coreia.
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