Måneskin reforça sua liderança da nova geração do Rock com show maduro em São Paulo

Em sua segunda passagem no Brasil, o Måneskin volta mais maduro e com mais identidade, mas repete troca intensa com os fãs apaixonados. Veja resenha!

Måneskin em São Paulo
Foto por Stephanie Hahne/TMDQA!

Na última sexta-feira (3), o Måneskin fez seu segundo show da carreira em São Paulo e voltou a levar uma multidão para o Espaço Unimed. Logo de cara, assim como no ano passado, chama atenção a diferença de idade entre todo o público presente ali — de jovens a idosos, era possível ver de tudo um pouco.

Do começo ao fim da apresentação, todos cantavam e provaram de uma vez por todas que a banda não se resume nem de longe apenas ao hit “Beggin'”. As primeiras notas da guitarra de Thomas Raggi foram suficientes para levar o local abaixo, antes mesmo da explosão que é o início de “DON’T WANNA SLEEP”, escolha certeira para abrir o repertório da noite.

A faixa do disco RUSH! também ajuda a provar que os fãs estão comprando a ideia da banda, já que diversas das canções do novo álbum estiveram entre as mais cantadas pelo público. O maior exemplo é certamente “BABY SAID”, que foi dada como um presente aos fãs paulistas depois de ser pedida desde o show anterior, no Rio de Janeiro, ainda que apresentada em uma versão encurtada.

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Måneskin prova mais uma vez sua força em São Paulo

A paixão dos fãs pelos italianos é intensa, algo que certamente surpreende os poucos que ainda pensam que eles se resumem a um único hit. O vocalista Damiano David, aliás, deixou bem claro que não se incomoda nem um pouco de cantar “Beggin'” — mas esbanjou sinceridade ao admitir que não aguenta mais falar sobre o sucesso da faixa, que, podemos dizer, serviu como porta de entrada.

Isso fica bem claro quando percebemos um coral de fãs cantando em italiano sucessos como “ZITTI E BUONI” e “CORALINE”, ambos parte do disco Teatro d’Ira – Vol. I, de 2021. Até mesmo canções mais recentes, como o single “HONEY (ARE U COMING?)”, tiveram boa resposta da plateia, mas o grande momento talvez tenha sido mesmo o trecho acústico no meio do show.

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Antes da música, o vocalista mandou um recado: “nós ficamos incomodados de falar sobre essa música, mas não ficamos incomodado de tocá-la”. 🫶 pic.twitter.com/FYetzGkHZR

— Tenho Mais Discos Que Amigos! 🎶 (@tmdqa) November 4, 2023

Como vem acontecendo em todos os shows da turnê, Damiano e Thomas foram até um palco localizado no meio da pista comum e fizeram uma homenagem à música local, tocando novamente “Exagerado”, de Cazuza, assim como fizeram no Rio de Janeiro. A resposta da plateia foi igualmente emocionante, cantando junto do começo ao fim.

O momento já tinha começado especial por ter sido precedido por uma performance de “VENT’ANNI”, outra música que os italianos foram basicamente coagidos a tocar no Brasil pelos pedidos dos fãs. A habilidade de ceder aos pedidos e agradar o público, claro, é mais um grande fator que aumenta a conexão do Måneskin com seu público fiel, assim como receber os fãs na plateia durante a já tradicional invasão de “KOOL KIDS”.

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Voltando ao Brasil praticamente um ano depois de sua primeira visita, o Måneskin não deixa mais nenhuma dúvida de que poderia ser fogo de palha. Os sucessos são pedidas certas, mas a banda tem a sorte de encontrar por aqui alguns de seus fãs mais apaixonados e que certamente irão vê-los sempre que resolverem passar um tempo por aqui.

Esperamos que ano que vem tenha mais! Abaixo, você confere fotos e o setlist completo da apresentação.

Måneskin – setlist e fotos

Setlist:

1. DON’T WANNA SLEEP
2. GOSSIP
3. ZITTI E BUONI
4. HONEY (ARE U COMING?)
5. SUPERMODEL
6. CORALINE
7. Beggin’ (cover de The Four Seasons)
8. THE DRIVER
9. BABY SAID (encurtada)
10. FOR YOUR LOVE
11. GASOLINE
Acústico:
12. VENT’ANNI
13. Exagerado (cover de Cazuza)
Palco normal:
14. Solos de baixo e bateria
15. I WANNA BE YOUR SLAVE
16. MAMMAMIA
17. LIVIDI SUI GOMITI
18. IN NOME DEL PADRE
19. BLA BLA BLA
20. KOOL KIDS
Bis:
21. Solo de guitarra
22. THE LONELIEST
23. I WANNA BE YOUR SLAVE (reprise/versão estendida)