Red Hot Chili Peppers faz primeiro show no Brasil com John Frusciante em 21 anos; setlist e fotos

Neste sábado (4), o Red Hot Chili Peppers iniciou no Rio de Janeiro sua primeira passagem pelo Brasil com John Frusciante na guitarra desde 2002.

Nos últimos tempos substituído pelo ótimo Josh Klinghoffer, o icônico músico de 53 anos está de volta à banda californiana e ajudou a tornar a noite no estádio Nilton Santos ainda mais mágica para os milhares de fãs do RHCP que não podiam perder aquela reunião por muitos anos impensada.

Ao lado de seus antigos companheiros, Anthony Kiedis (voz), Flea (baixo) e Chad Smith (bateria), Frusciante mostrou todo o seu talento e habilidade como guitarrista e deixou claro para uma plateia completamente alucinada que a sintonia com o grupo continua intacta.

Irontom fez show de abertura do Red Hot no Rio

Antes da atração principal, o público carioca pôde conhecer mais da Irontom, cujo guitarrista, Zach Irons, é filho do ex-baterista do Red Hot Chili Peppers Jack Irons.

Marcado para começar às 19h30, o show de abertura foi antecipado e os integrantes subiram no palco cerca de 15 minutos mais cedo. Enquanto o grupo apresentava suas músicas, que flertavam de certa forma com a sonoridade do RHCP, a plateia ocupava todos os espaços do estádio.

Embora os ingressos não tenham se esgotado, o Nilton Santos ficou bastante cheio e o público presente, que fazia muito barulho e reagia com empolgação a cada canção executada por Kiedis e companhia, preencheu qualquer lacuna da cota de entradas ainda à venda.

Red Hot Chili Peppers no Rio de Janeiro

Quase pontualmente, às 20h32, o Red Hot, representado por Flea, John e Chad, apareceu diante dos fãs para executar a já esperada jam de introdução ao show. Como provavelmente muita gente ali estava vendo Frusciante pela primeira vez ao vivo, a reação da plateia não poderia ser mais explosiva.

Com muita vibração, o público testemunhou a experiência e sinergia dos três, que receberam Anthony um tempo depois para tocar “Can’t Stop”. A faixa do disco By The Way (2002) foi uma excelente escolha para abrir a apresentação, já que é uma das mais queridas pelos fãs, que pularam e cantaram bem alto.

Enquanto copos de cerveja eram arremessados para o alto, o RHCP tocou “The Zephyr Song” e a amada “Snow (Hey Oh)”, do álbum Stadium Arcadium, lançado em 2006. Logo em seguida, veio “Here Ever After”, canção que faz parte do disco Unlimited Love (2022), que dá nome à atual turnê.

Na sequência, o RHCP mergulhou em suas fases de mais destaque com Frusciante, apresentando “Otherside”, do aclamado Californication (1999), e “Suck My Kiss”, do swinguado Blood Sugar Sex Magik (1991).

“Faz onze anos desde a última vez que este cara [John Frusciante] esteve conosco aqui [no Brasil]”, disse Anthony sobre o colega, errando as contas por uma década; afinal, antes de 2023, Frusciante veio ao país com a banda pela última vez há 21 anos, na turnê do By The Way.

Red Hot Chili Peppers e o retorno de John Frusciante ao Brasil

Apesar de interagir pouquíssimo com a plateia, o vocalista mostrou muita disposição no palco e comandou a legião de fãs, mesmo escorregando nos versos de algumas canções ou, aparentemente, perdendo o fôlego em alguns trechos.

Vez ou outra, Kiedis, Flea, Chad e Frusciante se reuniam entre uma canção e outra, como se estivessem confabulando sobre qual seria a próxima canção do repertório. Não sabemos se era apenas uma brincadeira para a plateia, mas, de fato, o setlist apresentou mudanças consideráveis com relação ao que foi visto nos shows recentes do Red Hot Chili Peppers.

Entre faixas novas, como “Eddie” e “Tippa My Tongue”, ambas do Return of the Dream Canteen, álbum que estreou no ano passado alguns meses depois do Unlimited Love, e clássicos como “Soul to Squeeze” e “Californication”, o RHCP ainda fez uma versão interessante para “Havana Affair”, dos Ramones.