Bernardo Couto está no Brasil para se apresentar no Festival do Fado 2023 nesta quarta (22)

Começou o Festival do Fado na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, promovendo a arte, a língua e a cultura portuguesa.

O evento, que surgiu em Madrid, em 2011, e neste ano completa 13 edições, está passando por 17 cidades e 13 países da Europa, Ásia, África e América Latina.

Na capital fluminense, o festival recebe nesta noite Cuca Roseta e Cristina Branco, e, nesta quarta-feira, será a vez de Bernardo Couto se apresentar em um concerto dedicado à guitarra portuguesa.

Confira mais informações sobre o Festival do Fado no RJ e saiba como garantir seu ingresso ao final da matéria!

Bernardo Couto chega ao Brasil para tocar no Festival do Fado

Vale lembrar que o artista se consagrou entre os maiores nomes do fado, tocando com Raquel Tavares, Camané, Ana Moura e, mais recentemente, com Cristina Branco, António Zambujo e Rão Kyao.

Em entrevista exclusiva ao TMDQA!, Bernardo revelou suas influências da música brasileira e as expectativas para a apresentação da edição carioca do Festival do Fado, que também realiza workshops, projeção de filmes e exposições representativas. O resultado da conversa você confere logo abaixo!

TMDQA!: Qual é a sua história com a guitarra portuguesa? De onde veio a paixão por esse instrumento?

Bernardo Couto: Tem uma origem familiar profunda. A minha mãe sempre foi amante de fado, em especial da Amália Rodrigues. Além disso, um tio que também é músico e cantor, fez questão de me passar para as mãos uma guitarra que por acaso tinha comprado. A paixão pelo instrumento foi imediata, lembro-me bem de passar horas a tentar tocar, tirar som, tocar os fados.

TMDQA!: Quais são os elementos mais distintivos da guitarra portuguesa? Como você a descreveria? Tem alguma relação com a música contemporânea?

Bernardo Couto: Como elementos distintivos, destacaria 3: a afinação muito particular, a técnica da mão direita usada para tocar, só com indicador e polegar, mas sobretudo o timbre. Há de fato vários guitarristas que introduziram o instrumento na linguagem contemporânea, destacaria o Pedro Caldeira Cabral, o Ricardo Rocha e o Miguel Amaral.

TMDQA!: E o que o público leigo pode esperar de um concerto dedicado a esse instrumento?

Bernardo Couto: É um instrumento que facilmente passa um conjunto de emoções bem portuguesas, a nostalgia, a melancolia profunda e poética, o lirismo. É um bom veículo para ficarmos a conhecer Portugal um pouco melhor.

TMDQA!: Para você, qual a importância do Festival do Fado e de propagar essa cultura?

Bernardo Couto: Muito importante. Este festival tem feito um trabalho magnífico de representação da nossa cultura e do fado. Quanto mais não seja porque permitiu levar concertos, conferências, filmes a lugares impensáveis.