Se existe um cineasta conhecido pela minuciosa escolha das músicas que irão acompanhar seus filmes, este é Quentin Tarantino.
O aclamado diretor de cinema revelou em um livreto que acompanha o The Tarantino Connection, uma coleção de trilhas sonoras de seus filmes, que uma de suas primeiras ações ao começar uma nova produção é examinar sua coleção de discos e ouvir diversas músicas para tentar encontrar a personalidade ou o espírito do filme.
Certa vez, em uma entrevista para a Melody Maker (via Far Out), Tarantino foi solicitado a listar alguns de seus discos preferidos e, ao fazê-lo, até compartilhou algumas explicações sobre obras de artistas como Bob Dylan e Elvis Presley, que integraram a seleção.
Ao incluir Dylan em sua lista, por exemplo, Quentin Tarantino explicou a escolha de Blood On The Tracks, lançado em 1975 pelo lendário cantor de Folk Rock:
Este é o meu álbum favorito de todos os tempos. Passei o final da minha adolescência e meus vinte e poucos anos ouvindo música antiga – rockabilly, coisas assim. Então descobri a música folk aos 25 anos e isso me levou a Dylan. Ele me surpreendeu totalmente com isso. É como o melhor álbum do segundo período, sabe? É sua obra-prima.
Na entrevista, o cineasta ainda apontou que “Tangled Up in Blue” é a sua música preferida de todos os tempos. Você pode ouvi-la mais ao final da matéria!
Quentin Tarantino e sua admiração por Elvis Presley
O diretor de obras como Pulp Fiction, Bastardos Inglórios, Kill Bill e muitos outros clássicos do cinema também compartilhou a forte ligação com os trabalhos de Elvis Presley. Ao falar sobre o lendário The Sun Sessions, ele declarou:
Este foi um álbum extremamente importante para mim. Sempre fui um grande fã de Rock e um grande fã de Elvis, e para mim este álbum é a mais pura expressão de Elvis que existe. Claro, existem músicas individuais melhores – mas nenhuma coleção jamais chegou perto desse álbum.
Ele ainda rasgou elogios ao Rei do Rock e lembrou do período em que o músico passou a apresentar instabilidades em suas apresentações:
Quando eu era jovem, costumava pensar que Elvis era a voz da verdade. Eu não sei o que isso significa, mas a voz dele… porra, cara, parecia tão pura. Se você cresceu amando Elvis, é isso. Esqueça o período de Las Vegas: se você realmente ama Elvis, você tem vergonha daquele homem em Las Vegas. Você sente que ele te decepcionou. O garoto caipira nunca te decepcionou.
Para conhecer um pouco mais do gosto musical por trás da mente criativa de Quentin Tarantino, confira a seguir a lista com os 6 discos preferidos do cineasta, que incluem 4 trilhas sonoras de longas!