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Os 10 melhores discos da carreira de Paul McCartney para além dos Beatles

De clássicos do Wings a discos mais experimentais, Paul McCartney tem ótimos trabalhos em sua carreira além dos Beatles. Conheça os 10 melhores!

Paul McCartney
Foto por Mary McCartney

A espera finalmente acabou: nos últimos dias, Paul McCartney tem realizado a aguardada turnê Got Back no Brasil, que começou com um show em Brasília no dia 30 de Novembro antes de seguir por outras cidades brasileiras.

O músico, que também fez um show surpresa para menos de 500 pessoas na capital federal, desembarcou por aqui com uma apresentação recheada de clássicos dos Beatles. Ainda assim, os trabalhos de sua carreira solo e do Wings também marcam presença e certamente merecem atenção, já que muitos podem surpreender até mesmo os fãs que só querem saber de Beatles.

Com isso em mente, o TMDQA! montou um ranking com os 10 discos mais incríveis da carreira de Paul McCartney além dos Beatles e você pode conferir a nossa seleção logo abaixo. Em tempo, você pode ver neste link quais são as músicas da carreira solo de Paul McCartney que aparecem no setlist dos shows atuais!

Paul McCartney no Brasil em 2023

Depois de tocar na Arena BRB, em Brasília, Paul McCartney seguiu para Belo Horizonte, onde se apresentou na Arena MRV nos dias 3 e 4 de Dezembro, e por São Paulo, com shows no Allianz Parque nos dias 7, 9 e 10 de Dezembro.

Agora, ele irá para Curitiba (Estádio Couto Pereira – 13 de Dezembro) antes de encerrar a turnê, e possivelmente sua carreira, no Rio de Janeiro, com um show que tem tudo para ser lendário e acontecerá no Maracanã, no dia 16 de Dezembro, com transmissão ao vivo pelo streaming.

Você pode conferir quais apresentações ainda têm ingressos disponíveis clicando neste link.

Os 10 melhores discos de Paul McCartney para além dos Beatles

Tug of War (solo, 1982)

Álbum que surgiu logo após o falecimento de John Lennon, Tug of War gera opiniões divididas entre os fãs. O fato é que o disco traz várias das emoções cruas que demonstram a relação complexa e bonita entre Paul e John, a começar pela infalível “Here Today”, que emociona fãs a cada uma das apresentações de Macca ao vivo.

Para além disso, e deixando de lado alguns momentos ruins presentes no álbum, Tug of War teve uma importância bem grande em uma das piores fases de Paul e nos deu algumas boas canções como “Take It Away”, ainda que tenha a tão polêmica “Ebony and Ivory” em sua tracklist.

Egypt Station (solo, 2018)

Penúltimo disco de Macca, Egypt Station tem altos e baixos bem fortes.

Curiosamente, as duas músicas que aparecem no setlist da turnê atual servem para exemplificar muito bem ambos os lados. “Come On to Me” é uma das composições mais interessantes do ex-Beatle em muito tempo, resgatando alguns dos elementos mais orientais que marcaram a carreira da banda mais famosa da história.

Por outro lado, “Fuh You” mostra como Paul nunca deixou de se arriscar no mundo do Pop, com a canção soando como se pudesse ter sido escrita por algum artista da nova geração — tanto de um jeito positivo, pela composição em si, quanto pelo negativo, com uma letra que parece destoar um pouco.

Red Rose Speedway (Wings, 1973)

Ainda parecendo confuso com sua carreira pós-Beatles, Paul encontrou nos Wings uma base mais sólida para os anos seguintes de sua carreira. Red Rose Speedway é o primeiro momento em que a banda começa a ganhar uma identidade própria, ainda que o próprio McCartney já tenha dito que o período de composição do álbum foi “cercado de desconfiança”.

É impossível ignorar a maestria de uma composição como “My Love”, que certamente pesa a favor do trabalho de 1973, mas de forma geral Red Rose Speedway se oferece como um trabalho conciso e delicioso de ouvir, ainda que pouco chamativo dentro de uma discografia tão prolífica.

Chaos and Creation in the Backyard (solo, 2005)

Um dos discos mais subestimados de Paul McCartney, o trabalho de 2005 conta com a produção de Nigel Godrich, conhecido por sua parceria com o Radiohead, e isso por si só já diz muito sobre o quanto o ex-Beatle estava disposto a arriscar.

Chaos and Creation in the Backyard é um atestado da disposição de um dos maiores artistas da história a continuar sempre inovando, buscando novas sonoridades e se desafiando, ainda que encontre conforto ao explorar direções já conhecidas como na belíssima “Jenny Wren”.

Flaming Pie (solo, 1997)

Outro disco bastante subestimado da discografia de Paul é Flaming Pie, de 1997. Muitas vezes passando batido pelos fãs do ex-Beatle, o álbum é praticamente uma consequência do envolvimento de Paul com a aclamada Anthology, lançada poucos anos antes.

Além de agir como se tivesse resgatado na memória toda a genialidade de seu tempo com os Beatles, McCartney também recrutou grandes contribuintes de sua carreira até então para montar praticamente um time de estrelas em Flaming Pie.

Nomes óbvios como Ringo Starr, Linda McCartney e George Martin estão presentes, mas também vale ressaltar as aparições de Jeff Lynne (Electric Light Orchestra), que já havia trabalhado em sessões com George Harrison, e até o ótimo Steve Miller. Uma receita de sucesso!

Venus & Mars (Wings, 1975)

Pensar em como poderia ter sido uma formação contínua do Wings por vários anos é um sonho distante, já que Venus & Mars é a primeira e única vez que a banda repetiu sua escalação. O resultado é um disco que certamente nos faz lamentar que isso não tenha acontecido com mais frequência, já que o trabalho tem algumas das composições mais geniais de Paul e companhia.

Desde a envolvente “Letting Go”, que já virou marca registrada nos shows, até lados B como a excelente “Junior’s Farm”, resgatada recentemente para o setlist da turnê atual, Venus & Mars traz Macca em um certo flerte com o Rock de arena e exibe uma sonoridade mais grandiosa mesmo em seus momentos mais intimistas, como a própria “Letting Go”.

McCartney II (solo, 1980)

Como já falamos em alguns momentos acima, a experimentação sempre foi uma parte fundamental da carreira de Paul McCartney. McCartney II é um dos auges dessa questão e, por isso, pode estar ocupando uma posição polêmica por aqui.

Faixas como “Temporary Secretary” e “Check My Machine” estão simultaneamente entre as mais influentes e menos queridas da carreira de Paul. Arriscar novas sonoridades foi uma receita fundamental para que o ex-Beatle continuasse tendo influência em outras gerações, provando que seu alcance ia além até mesmo do quarteto.

Ainda assim, o álbum também tem momentos que destacam o Paul que todos conhecemos e amamos. “One of These Days” e “Waterfalls” são composições deliciosas, que ajudam a transportar o ouvinte para aquela sonoridade confortável que acompanha a carreira de McCartney.

McCartney (solo, 1970)

A primeira aventura solo de Paul McCartney veio antes do que muita gente esperava. Isso porque o músico já vinha experimentado novas composições mesmo quando estava nos Beatles, e o resultado foi um disco que, ao mesmo tempo que deixa evidente a busca por uma identidade própria de Macca, também tem forte influência das composições de John Lennon, seu parceiro de escrita por tantos anos.

“Maybe I’m Amazed”, claro, é o grande hit do trabalho. A faixa poderia tranquilamente ter encontrado um arranjo com os Fab Four, mas é justamente o fato de ter sido lançada exatamente do jeito em que foi que torna McCartney, o álbum, tão especial em sua missão de começar a dar vida própria às composições de Paul.

Ram (Paul & Linda McCartney, 1971)

A importância e o pioneirismo de Ram são duas coisas inquestionáveis no mundo da música. Considerado por muitos como a pedra fundamental do que viria a ser conhecido anos depois como Indie Pop, o trabalho foi a primeira parceria musical efetiva de Paul com Linda McCartney, o que basicamente deu origem ao Wings e uma carreira de sucesso para o ex-Beatle fora da banda.

Entre experimentações e resgates de sua sonoridade Pop, Macca encontrou em Ram uma fórmula para encantar qualquer fã de sua música. Não importa se você gosta mais de uma fase ou de outra: o álbum de 1971 engloba todas, inclusive com faixas como “Too Many People” remetendo à própria sonoridade dos Beatles mais do que praticamente qualquer outra composição de Paul em sua carreira solo.

Band on the Run (Wings, 1973)

Talvez a escolha mais polêmica desta lista tenha ficado no topo. Ram é um trabalho universalmente aclamado, mas não é à toa que Paul apresenta tantas faixas de Band on the Run ao vivo. Inquestionavelmente o melhor disco dos Wings, o trabalho tem composições que rivalizam até mesmo com os Beatles, como a própria faixa-título, um verdadeiro clássico.

Em cada música, é possível enxergar um lado diferente da genialidade de Paul McCartney. “Nineteen Hundred and Eighty-Five”, por exemplo, traz à tona a veia mais experimental e curiosa do músico; já em “Jet”, temos um hino Pop que ninguém resiste a cantar junto — basta ver os shows, onde mesmo aqueles que não estão familiarizados com a canção acabam soltando a voz depois de algumas repetições.

Além disso, a divertida “Mrs. Vandebilt” e a sensacional “Let Me Roll It” também mostram lados distintos de Paul, com a última especialmente destacando a sua musicalidade dentro de uma sonoridade mais voltada ao Rock e Blues tradicional. Simplesmente espetacular!