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Roger Waters é demitido de gravadora por declarações contra Israel, diz imprensa americana

Após declarações polêmicas sobre guerras da Ucrânia e de Israel, Roger Waters teria sido dispensado pela BMG; parceria com ex-Pink Floyd vinha desde 2016.

Roger Waters anuncia show extra em São Paulo
Divulgação

Depois de encerrar sua turnê de despedida no ano passado, que incluiu uma passagem apoteótica pelo Brasil, Roger Waters está tendo um difícil início de 2024.

Segundo a revista americana Variety, o ex-Pink Floyd foi dispensado pela gravadora alemã BMG por causa de seus posicionamentos políticos, especialmente envolvendo as guerras na Ucrânia e na Palestina.

Waters tinha contrato com a gravadora desde 2016, mas os desentendimentos começaram quando o executivo Thomas Coesfeld assumiu como novo CEO da gravadora, em meados de 2023.

Coesfeld já tinha se recusado a lançar The Dark Side of the Moon Redux, regravação que o músico britânico fez para celebrar 50 anos do clássico álbum do Pink Floyd, que saiu pela Cooking Vinyl em outubro.

Em entrevista que deu ao jornalista Glenn Greenwald em novembro, Waters já tinha cogitado a possibilidade de ser “demitido”, dizendo que a empresa dona da BMG tem “interesses pró-Israel”.

Roger Waters dispensado da BMG

A BMG teria rompido definitivamente com Roger Waters após ele se manifestar a favor do povo palestino que vive na Faixa de Gaza, território que é foco de um conflito entre Israel e o Hamas desde outubro do ano passado.

Ao longo de 2023, o baixista já tinha tido shows cancelados na Polônia depois de dizer que a Ucrânia “deu motivos” para ser invadida pela Rússia, e também enfrentou processos na Alemanha por usar um uniforme nazista durante seus shows.

Waters chegou a ser alvo de uma investigação da ONG britânica Campaign Against Antisemitism, que ouviu pessoas que trabalharam com o artista e concluiu que ele costuma fazer comentários considerados antissemitas.

Por enquanto, o ex-Pink Floyd e a BMG não confirmam a quebra de contrato, mas a Variety alega que foi o CEO Thomas Coesfeld quem tomou a decisão.

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